quinta-feira, 3 de julho de 2008

Católicos "do jeito deles"

Igrejas evangélicas de hoje são herdeiras do catolicismo de antes da Reforma.

Acabam de ser publicados, pela Marcianum Press, os resultados de uma pesquisa encomendada pelo Patriarcado de Veneza e realizada pelo Observatório Sócio-religioso do Nordeste (nordeste da Itália). Os dois volumes, sob o título "Fede e Libertá" (fé e liberdade), oferecem um retrato da fé e da religiosidade católicas nas regiões do Vêneto. Mas os resultados, confirmando pesquisas americanas de 2004, tornam-se indicativos de uma realidade que talvez valha, em geral, para os católicos do mundo ocidental contemporâneo. No Vêneto, quase toda a população (perto de 90%) declara ser católica, mas apenas 18% aderem às práticas e às doutrinas obrigatórias, enquanto os outros dizem ser católicos "do jeito deles" ou, no mínimo, expressam "reservas". A maioria dos entrevistados (66,5%) pensa que a missão da igreja seja assistir os pobres e os que sofrem, não legislar em matéria de moral nem ditar dogmas. Questionados se os padres deveriam definir claramente o que é o bem e o que é o mal, apenas 10% dos entrevistados respondem afirmativamente. O curioso é que os entrevistados podem questionar artigos de fé decisivos (por exemplo, levantar dúvidas sobre a ressurreição de Cristo) ou discordar radicalmente das indicações da igreja quanto à conduta sexual ou ao aborto, mas continuam se dizendo e se sentindo católicos. Alessandro Castegnaro, diretor do Observatório, comenta que, hoje, por serem católicos, os indivíduos não deixam de escolher livremente "o que lhes parece plausível em termos de crença e o que lhes parece certo em matéria de comportamento". A constatação que se impõe é que, neste começo do século 21, o espírito do protestantismo ganhou. Não é que as Igrejas Reformadas (Luterana, Calvinista, Anglicana, etc.) estejam em alta enquanto o catolicismo declinaria, mas, como confirma a pesquisa veneziana, para quase todos, a religião é cada vez mais uma questão íntima, privada. As formas do culto, as crenças e as condutas do fiel são decididas sem a mediação da autoridade "infalível" de papa, padres e pastores: se o que faço é pecado ou não, é uma questão que se resolve numa conversa direta com Deus. Segundo o estudo clássico do sociólogo Ernst Troeltsch (sobre "o protestantismo e o mundo moderno"), o espírito do protestantismo, que "ganhou", foi um dos grandes agentes da modernidade ocidental: graças a ele (ou também graças a ele), o indivíduo e sua liberdade passaram a ser valores superiores à obediência, à tradição e à própria comunidade. Segundo um ditado das planícies do centro-oeste americano (área com forte ascendência luterana), a regra do bom cristão é "God and common sense", "Deus e o bom senso". Claro, o "bom senso", que substitui assim a palavra do padre, do bispo etc., não é um modelo de autonomia; ele se inspira nas convicções morais compartilhadas pela maioria, mas (fato crucial) ele preserva a sensação de uma adesão motivada por nossa própria capacidade de pensar e julgar. Será que essa transformação "protestante" da religiosidade católica explica o crescente sucesso das igrejas evangélicas? Afinal, elas são igrejas reformadas, não é?Penso o contrário. Grande parte dos evangélicos de hoje (bem diferentes dos protestantes clássicos e dos "novos" católicos) são os adversários do espírito do protestantismo que deu forma ao mundo moderno: eles constituem igrejas que se propõem como mediadoras exclusivas da palavra divina. Além das questões de doutrina, a própria conduta moral não é deixada à decisão do sujeito no seu diálogo com Deus: ela é decidida por "cartilhas" que cobrem cada aspecto da vida, catequeses metódicas, justificadas por citações sagradas (sempre disponíveis: a Bíblia é um repertório variado e imenso). Assim, por exemplo, mostra-se aos fiéis que "a Bíblia" proíbe o sexo oral, o uso de cigarros, a bebida alcoólica e a roupa colorida. Ou que, "segundo a Bíblia", quem não pagar o dízimo irá para o Inferno. Em suma, os evangélicos, promotores de uma religiosidade normativa, têm pouco a ver com o espírito do protestantismo; ao contrário, eles parecem ser os herdeiros dos católicos de antes da Reforma e da modernidade. Com uma diferença: freqüentemente, os mediadores que eles impõem aos fiéis são desprovidos das qualidades humanas que eram um "efeito colateral" da vasta cultura dos padres do passado.(Fim do artigo)

Isso é algo que já venho pensando quando tinha 14, estamos vivendo uma segunda idade das trévas...

Pr Regis Oliveira

Retirado do site: www.caiofabio.com

sábado, 21 de junho de 2008

Coragem

Coragem não é apostar uma alta quantia em dinheiro.
Coragem não é ganhar uma corrida na ultima volta.
Coragem não é escalar uma montanha.
Coragem não é poder tudo, não é se sentir capaz.
Coragem não é um símbolo motivacional que nos inspira.
Coragem não é uma força interior, que brota da incerteza.
Coragem não é estar a frente dos outros, chegar em primeiro lugar.
Nunca será corajoso quem arrisca no escuro, quem acredita na vitória.
Quem só pensa em si mesmo.

Mas você quer saber o que é coragem?

Coragem é quem deixa o outro passar a frente.
Quem dedica tempo pelos outros.
Quem ama não pelo sentimento, mas ama sem sentido.
Quem abraça os outros sem falsidade.
Quem desiste de mentir.
Que caído nunca puxa o outro.
Que em pé é capaz de sentar ao chão da desgraça alheia.
É quem desiste da guerra.
É quem se nega a refutar o golpe.
Corajoso é finalmente desistir de si mesmo por um mundo melhor, mas justo.
Coragem é fazer calar nossa força de revide.
É dar de si mesmo ao desconhecido.
É beijar o chão dos oprimidos.
É ser envergonhado e humilhado, mas transpirar misericórdia.


E ai? Será que temos tamanha coragem?

Pr. Regis Oliveira

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Um dia de cada vez

Há uma frese muito comum, porém um tanto difícil de praticar: viver um dia de cada vez. Hoje posso afirma que este período que vivo apesar de estranho; parece que começo viver tudo que já vivi um dia, vivo no meu futuro como se estivesse vivendo um passado na minha história. Existencialmente sei que não vivo naquela época, porém os dias de hoje parecem os mesmos dias de ontem.
Mas, posso viver coisas aparentemente já vividas por mim, porém sei que de alguma forma existencial já não sou mais o mesmo, pois estou em algum ponto desta vida vivendo o novo. Um dia de cada vez vou tentando viver, sem pressa, mas correndo muito, sem ansiedade, mas esperançoso, sem utopias, mas sonhando sempre, Vivendo sempre, mas um dia de cada vez.

Pr. Regis Oliveira

terça-feira, 20 de maio de 2008

Lugar para onde se quer voltar

A meiguice do irmão Paulinho, o sorriso do Isaac e cada personagem daquele paraíso encantado chamado Mombaça. Um bairro de Saquarema onde as praias do atlântico beijam a costa do Rio de Janeiro em uma das regiões mais bonitas do mundo a Região dos Lagos.
Eu amo aquele lugar onde minha alma tem uma proximidade quase existencial e que para mim este lugar é para onde sempre eu quero voltar.
Deixo aqui no meu blog que aquele lugar é de todos os lugares é um lugar para onde eu quero voltar, sempre!

Pr Regis Oliveira

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Manifestação da Raça Negra

Nossos irmãos estão morrendo todos os dias, por falta de incentivo, participam de um jogo sujo da elite branca ou rica que fornece drogas e armas para proteger suas fortunas. A escravidão não acabou, pois as correntes dos senhores foram substituídas por fuzis e granadas.
Nossos irmãos negros não tem direito a educação, estão perdidos não sabem o valor que tem, cento e vinte anos de alforria que não libertaram a alma do negro. O racismo no Brasil não é só da raça, mas quanto mais escura for à pele, incerto é o futuro do individuo.
Nas incursões da policia a maioria dos humilhados e presos são negros, o Brasil tem uma divida com o negro que foi trazido da sua pátria para este país para sofrer. Esta divida pode ser paga levando a sério os direitos civis dos negros, como o direito a educação, trabalho e saúde.
Os presídios estão lotados e a maioria é de negros. Quando vejo negros presos e mortos pela policia vejo que pouca chance lhes foi dada, pois sua distancia das oportunidades estão longe, pois o pisque do negro esta abalado historicamente, seus antepassados sagraram nos chicotes dos senhores de escravos e agora sagram pela bala dos fuzis.
Quando você vê um cadáver de negro na esquina, não julgue pergunte-se, será que teve educação? As mesmas chances dos filhos do branco? Responda! Sê teve, falto-lhe caráter, mas se não teve as mesmas chances faltou-lhe educação! Então quem é culpado? O negro com o fuzil ou a sociedade com o poder?
Mesmo que o culpado não apareça, nós negros devemos nos unir e exigir nossos direitos, deixar os fuzis e o jogo sujo da elite, e carregar nossas armas do saber e disparar sem medo e sem violência sobre os poderes públicos deste país que nos adotou sem nossa vontade agora deve ser capaz de cumprir seu compromisso maternal.

Pr Regis Oliveira

quarta-feira, 7 de maio de 2008

DADOS GERAIS SOBRE A POPULAÇÃO NEGRA EM NÚMEROS

DADOS GERAIS SOBRE A POPULAÇÃO NEGRA EM NÚMEROS

Cerca de 60% dos negros brasileiros estão na faixa de analfabetismo;
Apenas 18% dos negros tem possibilidade de ingressar na universidade;
A expectativa de vida dos negros é de apenas 59 anos (brancos 64 anos);
A qualidade de vida do Brasil o leva a ocupar a 63ª posição mundial, separando só a população negra o brasil passa a ocuparar a 120ª posição;
15,5% dos réus negros respondem em liberdade (brancos 27%);
O negro é o primeiro a entrar no mercado de trabalho e o último a sair;
A participação do negro em áreas "elitizadas" é ínfima;
As mulheres negras ocupadas em atividades manuais representam 79,4% do total;
Apenas 60% das mulheres negras que trabalham são assalariadas;
Se somados os dados apresentados pelo IBGE/90 (pretos e pardos), a população negra corresponde a 45% da população brasileira;
O Brasil tem a segunda população negra do mundo, sendo a primeira a da Nigéria;
As condições de moradia dos negros são quatro vezes pior que a dos brancos;
Dentre a população negra economicamente ativa apenas 6% está ocupada em atividades técnicas, científicas, artísticas, administrativas;
Muitas mulheres negras saem do país como artistas e são recebidas como prostitutas;
O negro começa a aparecer efetivamente nas campanhas publicitárias em 1987;
A classe trabalhadora deste país conta com alta participação do negro;
As mulheres negras estão nas piores condições de vida do país.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O engano da teologia da prosperidade

Balnires Júnior
"Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;” (Mat.6.19,20)O povo de Deus tem se mostrado perplexo diante de tantas acusações envolvendo a Igreja Renascer e seus proprietários, o casal Hernandes. Além de responderem a mais de 100 processos no Brasil, o denominado “apóstolo e sua esposa a bispa” foram presos nos Estados Unidos quando tentavam ingressar no país com U$$ 56 mil dólares não declarados que estavam escondidos nas bagagens e até em uma Bíblia.O casal Hernandes e a Renascer em Cristo vem desde algum tempo sendo alvo da mídia e as acusações contra eles são muitas. A revista Época de 25/07/2002, portanto à quase cinco anos, publicou uma matéria intitulada “Dinheiro, Dinheiro, Dinheiro” mostrando como funciona a estrutura de arrecadação da Igreja Renascer, e em uma parte da reportagem lemos:“Usando sua experiência prévia como gerente de marketing, o apóstolo Estevam Hernandes conseguiu fazer da Igreja Renascer uma fabulosa máquina de produzir dinheiro. Eficiente como uma empresa de ponta, ela funciona de acordo com os mais competitivos padrões de administração. Por meio de um sistema no qual todos os funcionários são remunerados em função de resultados, competindo entre si, seus templos arrecadam um mínimo de R$ 2,2 milhões por mês, somente em doações regulares - segundo estimativas feitas por ex-membros da denominação.No organograma da igreja, abaixo do casal Hernandes existem 60 bispos, cujo salário pode chegar a R$ 30 mil mensais. Eles são gerentes regionais, responsáveis por até 15 igrejas de determinada área. Em cada um desses templos, o pastor precisa cumprir uma ambiciosa meta de arrecadação. Ela varia de R$ 3 mil por mês nas pequenas cidades do interior a R$ 78 mil em pontos lucrativos, como o de Alphaville, um condomínio fechado próximo a São Paulo. Se o pastor ultrapassar a meta, recebe um porcentual sobre a captação. Do contrário, tem de se sustentar com o que ganha em alguma outra atividade. Nos primeiros anos da igreja, Hernandes determinou que os bispos primazes (os que estão no topo da hierarquia) deveriam alcançar certas metas de crescimento, além dos objetivos normais de arrecadação. Em 1998, por exemplo, estabeleceu que cada um deles precisaria abrir três vezes mais templos do que havia fundado no ano anterior.A Renascer em Cristo e a grande maioria das igrejas neo-pentecostais surgidas no Brasil no final da década de setenta, lançam mão da chamada “teologia da prosperidade” que traz consigo uma nova tese sobre fé, garantindo “o céu” aqui na terra para quem tivesse certo tipo de fé. As promessas são as mais mirabolantes: garantia de saúde a toda prova, riqueza, carros maravilhosos, salários altíssimos, posições de liderança, prosperidade ampla, geral e irrestrita.A enciclopédia Wikipédia, define assim a teologia da prosperidade: “Teologia da Prosperidade é uma teologia adotada por alguns grupos religiosos, especialmente os neopentecostais que prega a prosperidade material e terrena dos fiéis que se voltam a Jesus, através da participação nos cultos e donativos à Igreja.” E diz mais: “Ela pressupõe sua doutrina, em uma aliança bíblica, baseado em textos que mereceriam uma devida exegese, tais como: "Faço aliança contigo e com tua posteridade, uma aliança eterna, de geração em geração, para que eu seja o teu Deus e o Deus de tua posteridade" (Gên, 17,7). Tal aliança é depois reforçada por Cristo quando diz nos Evangelhos: "Buscai e achareis (...), pede e recebereis(...), bate e abrir-vos-á" (Lc, 11,9).As frases acima, pressupõe que Deus tem uma verdadeira aliança material, na qual mediante o pagamento de dízimo, ofertas voluntárias, e sacrifícios financeiros, por parte do fiel devoto. Deus é obrigado a lhe dar carro do ano, casa na praia, sucesso nos negócios e mesmo no amor.”Segundo essas definições, podemos entender claramente que trata-se de um movimento herético que visa a substituição do Evangelho da Graça pelo “evangelho” da ganância.A teologia da Prosperidade tem suas raízes na Ciência Cristã, que é derivada do gnosticismo. Daí, vemos o dualismo da teologia da prosperidade, quando diz que a morte física de Cristo não tem relevância em relação a redenção do nosso espírito, tendo Jesus que morrer também espiritualmente no “inferno”. Chegam a ponto de negar o sangue de Jesus. Alguns afirmam a deidade humana. Hagin, maior precursor desta teologia, em seu livro “Zoe: a própria vida de Deus”, página 79, diz que nem Jesus Cristo tem uma posição mais elevada do que nós diante de Deus.A teologia da prosperidade incentiva ganância por bens materiais e promove comodismo e conformismo ao mundo e ao seu sistema consumista, individualista e de desigualdade e injustiça social. Os adeptos da teologia da prosperidade acham que nós temos direito de reivindicarmos o que quisermos de Deus, esquecendo-se da soberania divina.Diante desses fatos podemos nos perguntar: que lugar existe para a mensagem da cruz neste modelo de cristianismo? Ou ainda, diante dos relatos que serão apresentados, a seguir, se poderia perguntar: será que os mártires do cristianismo primitivo, caso vivessem em nossos dias, seriam aceitos como membros destas igrejas que abraçaram o ensinamento deste modelo de teologia?
Equívocos da Teologia da Prosperidade, segundo declarações dos seus próprios idealizadoresA Teologia da prosperidade nasceu nos Estados Unidos e tem dois grandes líderes: Kenyon e Kenneth Hagin. O primeiro foi pastor das igrejas batista, metodista e pentecostal. Não concordando com nenhuma delas ele saiu e criou o seu próprio ministério, sua própria igreja. O segundo, iniciou seu ministério em uma igreja batista. Em 1937 ingressou no ciclo pentecostal, como ministro da Assembléia de Deus permanecendo na mesma até 1949, a partir daí começou o que denominou “ministério itinerante”.Kenneth Hagin, faz algumas afirmações um tanto sem sentido para aquele que conhece a doutrina bíblica demonstrando a total falta de conhecimento bíblico e principalmente do Deus da Bíblia. Observemos algumas dessas afirmações:1. Kenneth Hagin diz que nunca encontrou na Bíblia um “não” de Deus às orações de seus filhos.Certamente Kenneth se esqueceu de Moisés quando este implorou ao Senhor permissão para passar o Jordão e ver a terra da promessa e Deus lhe disse : “Basta; não me fales mais nisso” (Dt. 3:23-29). Outro exemplo é Davi, que orou sentidamente pelo filho recém-nascido gravemente enfermo e Deus levou a criança após uma semana de intensa oração e jejum (IISm. 12:15-23). Paulo conta que em três ocasiões diferentes implorou a Deus para ficar livre do espinho na carne e cada vez o Senhor lhe dizia “não” (II Co. 12:7-9). O mesmo apóstolo deve ter orado pela saúde de Timóteo e de Trófimo, mas não há indicação de que eles tenham sido curados (I Tm. 5:23 e II Tm. 4:20 ).2 - Kenneth Hagin diz que devemos orar apenas uma vez por alguma coisa. A oração repetida significa falta de fé.Ou mais uma vez ele se esqueceu de um relato bíblico ou no mínimo acha que faltava fé em Jesus, pois ele orou três vezes pelo mesmo assunto no Getsêmani : “Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras” (Mt. 26:44). Paulo fez o mesmo: “Por causa disto (o espinho na carne) três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim” (IICo. 12:8). Certamente nem Isaque nem Zacarias oraram apenas uma vez em favor do engravidamento de suas esposas, Rebeca (Gn.25:21) e Isabel (Lc.1:13). Os Salmos de Davi estão cheios de súplicas repetidas. As parábolas do amigo inoportuno (Lc.11:5-8) e do juiz iníquo (Lc.18:1-8) estimulam a insistência da oração sobre o mesmo assunto até vir a resposta de Deus.3 - Kenneth Hagin diz que qualquer sofrimento do cristão significa falta de fé.Quanto mais consagrado ao Senhor, quanto mais santos e cheios de fé, mais sofrem os ministros de Deus, como se pode ver na vida de José, de Jeremias e de Paulo. Basta ler o relatório deste último: ele fala de prisões, açoites sem medida, perigos de morte, varadas, apedrejamento, naufrágios, fadigas, fome, sede, frio, nudez, preocupação com todas igrejas e uma variedade enorme de outros perigos entre salteadores, entre patrícios, entre gentios, entre falsos irmãos, nos rios na cidade, no deserto e no mar (IICo.11:23-29). Na mesma Epístola, o apóstolo se declara atribulado, mas não angustiado; perplexo, mas não desanimado; perseguido, mas não desamparado; abatido, mas não destruído (IICo.4:8-9).4 - Kenneth Hagin diz que a idéia de pobreza simplesmente não combina com a nossa posição de filhos do Rei e se um pregador tem uma casa bonita ou uma centena de casas, isto seria bíblico.Mais uma vez Kenneth se engana, pois o próprio Jesus, sendo rico, se fez pobre por amor de nós, para que pela sua pobreza nos tornássemos ricos (II Co.8:9). A riqueza não é estimulada no Novo Testamento e os ricos são frequentemente advertidos quanto à origem (Tg.5:1-6) e ao emprego (II Tm.6:9-10) de seus muitos bens. Somos exortados a não nos preocuparmos demasiadamente com os bens materiais (Mt.6:19-21).Francisco B. Neto, da Igreja Metodista Central de Curitiba escrevendo ao CACP – Centro Apologético Cristão de Pesquisas, recebeu um e-mail da pesquisadora de religiões Mary Schultz mostrando como terminaram alguns dos pregadores da teologia da prosperidade e da saúde perfeita, vejamos:1. E. W. Kennyon faleceu vitima de um tumor maligno.2. John Wimber e seu filho Chris morreram de câncer.3. A . A. Allen morreu de alcoolismo.4. John Lake morreu de um colapso.5. Gordon Lindsey morreu do coração.6. O cunhado de Kenneth Haigin morreu de câncer.7. O mesmo aconteceu à sua irmã8. Sua esposa foi operada e o próprio Haigin usou óculos até morrer.9. Kathryn Khulmann morreu do coração.10. Daisy Osborne morreu de câncer, jurando que havia sido curada.11. Jamie Buckingham morreu de câncer.12. Fred Price conseguiu uma quimioterapia para a sua esposa.13. John Osteen procurou ajuda médica para curar o câncer da esposa.14. A esposa de Charles Capps fez tratamento médico de câncer e também Joyce Meyer.15. Mack Timberlake está se tratando de um câncer na garganta.16. R. W. Shambach fez quatro pontes safenas.17. O Profeta Keith Greyton morreu de AIDS.Com Deus não se brinca!Os principais representantes da Teologia da Prosperidade no Brasil“AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo. 4:1).A teologia da prosperidade foi recebida no Brasil pelas igrejas: Internacional da Graça de Deus (R.R. Soares); Universal do Reino de Deus (Edir Macedo da famosa frase: ou dá ou desce); Renascer em Cristo (do apóstolo preso nos EUA, Hernandes) Comunidade Evangélica Sara a Nossa Terra (Robson Rodovalho), Nova Vida, Bíblica da Paz, Cristo Salva, Cristo Vive, Verbo da Vida, Nacional do Senhor Jesus Cristo (Valnice Milhomens, braço direito de César Castelhanos), Missão Shekinah e Adhonep. Cada liderança pastoral transmite de diferentes maneiras os vários aspectos dessa teologia.

Seminarista Balnires Júnior
Bacharelando em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do BrasilTécnico em Piano pelo Conservatório Brasileiro de MúsicaCoordenador de Embaixadores do Rei da Associação Batista SerranaMembro da PIB de Cordeiro

sábado, 26 de abril de 2008

PERSEGUIÇÃO DE “CRISTÃOS” SOBRE CRISTÃOS!

Leitura recomendada: Hebreus 12 e 13.


Haverá tempos em que aquele que vos perseguir pensará que assim estará prestando culto a Deus — Jesus


Amontoam-se aqui em meu e-mail tanto quanto são passiveis de encontro na estrada, centenas de pessoas que me dizem que em razão do Evangelho que agora entendem ou começam a entender, estão sendo perseguidas.

Toda hora alguém me escreve falando que chegou desconfiado aqui no site, e que, devagar, lendo, a Palavra venceu o preconceito, e o coração se abriu.

A questão é que depois que se encontra o Evangelho de Jesus [e não a “montagem” da “igreja”], nada mais é o mesmo e ninguém mais consegue ver como fazendo qualquer sentido aquilo que antes via e com o que se iludia.

Sim! É como Paulo diz usando palavras gregas ou imagens especiais:

É como a criação da Luz nas trevas — conforme o Gênesis. “De trevas resplandeceu luz!”

É como o arrebentar de uma represa de contenção do Rio da Vida — conforme ele escreve a Tito. “Transbordou a Graça de Deus!”

É como ser tirado à força do ventre no qual se estava em sofrimento, sem poder nascer — conforme Paulo diz aos Corintios. “Depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo”.

É como tirar a Lázaro da tumba — conforme o apostolo disse aos Efésios. “Desperta ó tu que dormes! Levanta-te de entre os mortos! Cristo te iluminará!”

O fato é que depois de ser genuinamente iluminado pela Palavra, ninguém mais consegue olhar as coisas da existência e, com elas, as da “igreja”, do mesmo modo; pois, agora, tudo se torna novo em nossa percepção.

Para quem se sentia convertido é algo como uma conversão dentro da conversão; o que é um milagre muito maior.

Entretanto, não há dúvidas quanto ao fato que muita gente boa de Deus vem sendo maltratada pela “igreja” em razão de terem crido na Palavra de Jesus.

São tribunais religiosos, ou reuniões formais de exame da fé da pessoa, ou mesmo um convite solene a que a pessoa se retire. Então, os que antes eram amigos, agora passam pela pessoa e nem mais a cumprimentam; e se a vêem na rua, atravessam para a outra calçada.

Semana passada na “Caminhada Paulista” encontrei também vários que me contaram como até os pais, irmãos, avós e parentes pararam de receber a pessoa em razão do Evangelho.

Sim! Gente de “igreja” odiando um familiar em razão de que a pessoa apenas confessa que o Evangelho é como é, e não como vem sendo ensinado pelos mestres do engano ou da manipulação.

E quando a família da pessoa é parte da “liderança da igreja”, é muito pior ainda; pois, os familiares, além de que julgam que o membro da família está desviado, ainda mais o julgam por esse desvio ter se dado junto a mim.

Jesus disse que quem é Dele ouve a Sua voz!

Assim, a questão é apenas acerca de quem ouve e quem não ouve a Sua voz na Palavra!

Digo isto em razão de que grande é o poder que a religião tem de provocar lavagens tão profundas que muita gente fica impedida de ver o sol, a luz, o esplendorosamente óbvio.

Aos perseguidores digo:

Tomem cuidado! Vocês estão oprimindo ovelhas de Jesus! Que nenhum de vocês seja encontrado lutando contra o Espírito de Deus!

Aos perseguidos digo:

Fiquem firmes. Sofrimentos como os de vocês têm sido experimentados por muitos que desejaram servir a Deus em liberdade de consciência em Cristo! Assim, não desistam e nem se intimidem; pois, a Promessa do Senhor é a de que Ele mesmo nos dará o que dizer e como dizer nas horas de tais opressões.

Desse modo, quero apenas registrar a tantos quantos no dia de hoje sintam-se assim, que não estão sós; e que estamos juntos, levando para fora do arraial o vitupério de Seu Evangelho.

Nele, em Quem saímos do “acampamento” e do “tabernáculo” da religião a fim de O servirmos em liberdade de consciência,


Caio

17/04/08
Lago Norte
Brasília
DF

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Segunda Carta A Igreja de Cristo no Mundo

Segunda Carta A Igreja de Cristo no Mundo

Assunto: Deus Não Habita em Templos Feitos Por Mãos.

Que a paz de Deus esteja com todos vocês. Mas uma vez faço desse ato a oportunidade para deixar meu testemunho diante da igreja espalhada em todas as partes.
Nesta carta gostaria reafirmar aquilo que tenho falado junto aos irmãos que se reúnem na casa da Branca e do Alexandre com muito carinho.
Me sinto envergonhado quando caminho pelas ruas e vejo os prédios que dizem ser igrejas, edificações feitas por mãos humanas não são casa de Deus!
Palácios, castelos e mansões que acumulam riqueza e luxo, pastores que acumulam riquezas com o dinheiro do povo, lobos! Corruptos! Ladrões! Assassinos!
Gastem esse dinheiro colocando comida na mesa do povo, não construam isso que vocês chamam de casa de Deus, pois Ele não habita em templos feitos por mãos humanas. Deus habita no interior daqueles que o confessam como único salvador.
Alerto aqueles que constroem edificações milionárias, banheiros de luxo enquanto muitos passam fome, deixem essas práticas absurdas, ajuntem tesouros no céu onde a traça e ferrugem não consomem, este é o mandamento de Deus que vos ameis uns aos outros.
De nenhuma forma condeno que a igreja não possa ter um lugar para se reunir, mas que sejam lugares simples não castelos e mansões, o dinheiro arrecadado na igreja deve ser usado para ajudar necessitados, viúvas, órfãos e sustentar a expansão do Reino de Deus e sua igreja no mundo e não para ostentação de líderes.
Irmãos, será que estamos percebendo que Deus nos chamou para uma santa comunhão e não para construir palacetes como os faraós fizeram no passado quando foram enterrados com seus tesouros na esperança de um dia reviverem e usufruírem de suas riquezas, mas depois os homens descobriram e saquearam seus túmulos e agora apenas o que resta são seus cadáveres mumificados para apreciação dos outros.
Irmãos, saibam de uma coisa, existem casas no paraíso, que jamais ladrão algum poderá saquear, pois não haverá ladrão lá. Casas que não acabam jamais, ruas repletas delas, onde os que amam a verdade habitarão; lugar de paz e não de guerra, onde veremos os santos de todos os tempos, aqueles que nos ajudaram a solidificar a nossa fé.
Mas para chegar neste lugar apenas a verdade é a porta de entrada, e a verdade é Jesus. Grande é a montanha que temos que transpor para chegar lá e não será fácil, mas o Espírito Santo nos ajudará nessa escalada. Muitos estão fracos e se desviam da verdadeira fé dando ouvidos a fábulas inventadas por lobos disfarçados de pastor. Oremos por esses para que se convertam e parem de desviar a verdade.
Glórias ao Filho de Deus que nos tornou habitação do próprio Deus, e agora somos cheios de seu Espírito Nele que nos dá a vitória contra o pecado e a morte eterna.
Amados, quanto ao dinheiro que é gasto em construções, que supostamente são chamadas de casa de Deus, mas isso se deu no passado quando o símbolo da presença de Deus no meio do povo de Israel era o templo, mas agora Deus o Pai nos falou pelo filho, a igreja é a comunidade dos salvos, e não paredes e edificações construídas por homens, o templo de Deus foi erguido nos corações dos homens em Cristo. Por isso, seja numa casa, casebre, esquina, de baixo da ponte, nas ruas, nos veículos, cavernas ou em qualquer outro lugar onde estiverem os nascidos de novo, sejam poucos ou muitos ali está a igreja de Cristo anunciando o amor de Deus demonstrado por Jesus na cruz onde os portões da morte não prevalecerão contra ela.
Por isso eu digo em nome de Jesus, todos os que se dizem de Cristo, abandonem essas práticas e se voltem para a verdade.
Com carinho eu termino dizendo que espero que as arrecadações sejam gastas para construir pessoas e não edificações de tijolo e cimento e que o povo possa contribuir sem serem forçados como muitos fazem usando de mentiras e amaldiçoando os que não dizimam e ofertam, mais que os que se dizem de Cristo deixem de pensar nesse evangelho de prosperidade e pensem no Evangelho de JESUS CRISTO que nos reconciliou com Deus pela sua morte.
Regis, cooperador da Igreja de Cristo no mundo... Que a paz esteja com todos.

Se você crê no Evangelho de Cristo ajude a divulgar esta carta, obrigado.

Regis Oliveira

O que a igreja deveria ensinar sobre o dízimo, mas faz questão de esconder?

O que a igreja deveria ensinar sobre o dízimo, mas faz questão de esconder?
O dizimar não é uma doutrina cristã
Um ensaio por Russell Earl Kelly, Ph.D.
Revisado em 22 de dezembro de 2006

INTRODUÇÃO:

O seguinte ensaio é um resumo de meu livro, "Tem a Igreja a Obrigação de Ensinar a Dizimar?" As conclusões de um teólogo no tocante a uma doutrina tabu. O livro em si é uma versão maior de minha tese de cátedra Ph.D. Insto aos educadores bíblicos a serem valentes, que abram seus níveis de investigação em seus seminários e promovam estudos sobre este tema nos níveis de magistério, doutorado e catedrático. Esta doutrina singelamente é demasiado importante para passá-la por alto.

Em muitas igrejas de hoje a doutrina do dízimo se converteu em todo um escândalo. Por um lado, a maioria dos livros de texto a nível de seminário referentes à teologia sistêmica e a hermenêutica escritos por eruditos de muita preparação omitem o tema do dízimo, e por outro lado, a prática rapidamente está a se converter num requisito para ser membro nas mesmas denominações que fazem questão de doutrinas fundamentadas na Bíblia. Também há mais e mais provas de que leigos que questionam a legitimidade de dizimar sob o Novo Pacto geralmente são criticados e desprezados como polemistas ou cristãos débeis. Líderes cristãos sinceros sempre devem estar dispostos a um diálogo aberto em torno da Palavra de Deus. A indisposição por fazê-lo sugere dúvida e insegurança. Mais "valentia santa" seria necessário.

O Dízimo Moderno Fundamenta-se Sobre Muitas Falsas Premissas

O que ensinam muitas denominações do dízimo se resume na declaração de certa denominação quanto à mordomia. Diz que "o dízimo é a mínima norma bíblica e que o ponto de partida estabelecido por Deus não deve ser substituído ou comprometido por nenhuma outra norma." Acrescenta que o dízimo é do ganho líquido pago à igreja antes que se calcule o imposto público sobre o ganho.

Os seguintes itens neste ensaio delineiam um contraste entre os falsos ensinos que se utilizam para apoiar o dízimo com o que a Palavra de Deus diz verdadeiramente.

Item #1: Os Princípios da Dadivosidade em 2ª coríntios 8 e 9 Têm Que Ver Com o Dízimo.

O falso ensino é que o dízimo é uma expectativa divina obrigatória a qual sempre precede a dadivosidade de livre vontade.

A dadivosidade de livre vontade existia dantes do dízimo. Os seguintes princípios do Novo Pacto no tocante à dadivosidade de livre vontade encontram-se em 2 Coríntios, capítulos 8 e 9:

(1) A dadivosidade é uma "graça." Estes capítulos usam a palavra grega para "graça" oito vezes em torno da ajuda para os santos pobres.
(2) Primeiro há que fazer a dádiva de um mesmo a Deus (8:5).
(3) Há que se dar a conhecer a vontade de Deus (8:5).
(4) Há que dar em resposta ao dom de Deus (8:9).
(5) Há que dar por razão de um desejo sincero (8:8, 10, 12; 9:7).
(6) Não há que dar porque o manda algum mandamento (8:8, 10; 9:7).
(7) Há que dar mais do que se possa (8:3, 11, 12).
(8) Há que dar para produzir igualdade. Isto quer dizer que os que têm mais devem dar mais a fim de suprir a incapacidade dos que não podem dar tanto (8:12-14).
(9) Dar com gozo (8:2).
(10) Há que dar pelo desejo de crescer mais espiritualmente (9:8, 10, 11).
(11) Há que se dar porque se está a escutar a pregação do evangelho (9:13).

Item # 2: Na Palavra de Deus o Dízimo Sempre é em Alimento!

O falso ensino é que os dízimos bíblicos incluem TODO tipo de ganho.

Utilize a Palavra de Deus para definir o que é "o dízimo." Não utilize um dicionário secular! Abra uma concordância bíblica completa e descobrirá que a definição que usam os promotores do dízimo está equivocada. Na Palavra de Deus o "dízimo" não aparece por si só sem forma alguma. Ainda, que já o dinheiro existisse antes do dízimo, a forma original do "dízimo" de Deus nunca foi em dinheiro. Era o "dízimo de alimento." Isto é muito importante: O verdadeiro dízimo bíblico sempre foi somente em forma de alimento das granjas e das manadas somente dos israelitas, quem viviam somente dentro da Terra Santa de Deus, dentro da fronteira nacional de Israel. O aumento recolhia-se do que Deus tinha produzido e não pela habilidade ou perícia humana.

Há 15 versículos tomados de 11 capítulos e 8 livros, desde Levítico 27 até Lucas 11, que descrevem o conteúdo do dízimo. E o conteúdo jamais (saliento), jamais incluiu dinheiro, prata, ouro ou qualquer outra coisa que não fosse alimentos tomados dentro de Israel! No entanto, a definição equivocada do "dízimo" é a que se segue pregando como o maior erro tocante ao dízimo hoje! (Veja-se Lev. 27:30, 32; Núm. 18:27, 28; Deut. 12:17; 14:22, 23; 26:12; 2ª Crô. 31:5, 6; Nee. 10:37; 13:5; Mal. 3:10; Mat. 23:23; Luc. 11: 42).

Item #3: O Dinheiro Era Um Bem Indispensável Não Dizimado

A falsa premissa é que o escambo de alimentos geralmente substituía o dinheiro.

Um argumento a favor de dizimar com bens não alimentícios é que o dinheiro não era universalmente disponível e para a maioria dos intercâmbios se usava a escambo de alimentos. Este argumento não é bíblico. Gênesis, por si só, utiliza a palavra "dinheiro" em 32 textos e a palavra ocorre 44 vezes antes que se mencione o dízimo pela primeira vez em Levítico 27. A palavra shekel também aparece com freqüência desde o Gênesis até Deuteronômio.

De fato, séculos antes que Israel entrasse em Canaã e começasse a dizimar os alimentos da terra santa de Deus, o dinheiro era um bem indispensável diariamente. Por exemplo, havia dinheiro em forma de shekels para o pagamento por escravos (Gên. 17:12+); terra (Gên 23:9+); liberdade (Êxo. 23:11); multas judiciais (Êxo. 21; 22); resgates do santuário (Êxo. 30:12+); votos (Lev. 27:3-7); impostos do censo (Núm. 3:47+), bebidas alcoólicas (Deut. 14:26) e dote matrimonial (Deut. 22:29).

De acordo com Gênesis 47:15-17 o alimento se usava em escambo somente depois que se tinha esgotado o dinheiro. A palavra de Deus em Levítico define leis bancárias e de usura ainda antes do dízimo. Portanto, o argumento de que o dinheiro não prevalecia o suficiente para o uso diário é falso. No entanto, o dízimo, em si, nunca incluía dinheiro em efetivo de bens não alimentícios, como outros produtos e negócios.

Item #4: O Dízimo de Abraão a Melquisedeque Manifestava Uma Tradição Pagã.

O falso ensino é que Abraão dava livremente de seus dízimos porque era a vontade de Deus.

Pelas seguintes razões não se pode usar a Gênesis 14:20 como um exemplo para que os cristãos dizimem:

(1) A Bíblia não diz que Abraão deu "livremente" este dízimo.
(2) A dádiva de Abraão NÃO foi um dízimo santo da terra santa de Deus recolhido pelo povo santo de Deus de acordo ao santo pactuo antigo de Deus.
(3) O dízimo de Abraão foi somente do despojos da guerra e era de rigor em muitas nações.
(4) Em Números 31, Deus somente exigiu 1% do despojos da guerra.
(5) O dízimo de Abraão a Melquisedeque foi um evento que se registrou somente uma vez.
(6) O dízimo de Abraão não foi de seus bens pessoais.
(7) Abraão não guardou nada para si mesmo; ele devolveu tudo.
(8) O dízimo de Abraão não se usa como exemplo em nenhum lugar da Bíblia em apoio do dízimo.
(9) Gênesis 14, versículo 21 é o texto chave. Já que a maioria dos comentários bíblicos explica o versículo 21 como um exemplo de uma tradição árabe pagã, é uma contradição explicar 90% do versículo 21 como pagão, e ao mesmo tempo insistir que os 10% do versículo 20 era a vontade de Deus.
(10) Se Abraão é um exemplo para que os cristãos lhe dêem 10% a Deus, então também deve ser exemplo aos cristãos para que lhe dêem os outros 90% a Satanás, ou ao rei de Sodoma!
(11) Já que eles mesmos eram sacerdotes, nem Abraão nem Jacó tinham que manter um sacerdócio levítico; portanto provavelmente deixavam alimentos para os pobres em seus altares.

Item #5: O Primeiro Dízimo Chegava às Mãos dos Servos dos Sacerdotes.

O falso ensino é que os sacerdotes do Antigo Testamento recebiam tudo do primeiro dízimo.

O dízimo "inteiro", o primeiro dízimo, de jeito nenhum chegava aos sacerdotes. De acordo com Números 18:21-24 e Neemias 10:37b, ia aos servos dos sacerdotes, os levitas. E de acordo com Números 18:25-28 e Neemias 10:38, os levitas davam o melhor "dízimo deste dízimo" (1%) do que recebiam aos sacerdotes que ministravam o holocausto pelo pecado e serviam nos lugares santos. Os sacerdotes não dizimavam.

Também é importante se dar conta que, por mudança do recebimento destes dízimos, tanto os levitas como os sacerdotes renunciavam a todo direito de receber terras por herança dentro de Israel (Núm. 18:20-26; Deut. 12:12; 14:27, 29; 18:1, 2; Jos. 13:14, 33; 14:3; 18:7; Eze. 44:28). Ainda, se no novo pacto existissem os dízimos primeiramente iriam aos diáconos (levitas) para que ajudassem aos pregadores e para a manutenção dos edifícios.

Item #6: "Será Santo ao Senhor" Não Designa ao Dízimo Como Uma Norma Moral Eterna.

O falso ensino é que Levítico 27:30-33 comprova que o dízimo é uma "norma moral eterna" porque "é santo ao Senhor."

As frases "será santo ao Senhor" e "será santíssimo ao Senhor" são de uso comum em Levítico. No entanto, quase cada um de outro uso destas mesmas duas frases em Levítico foi descartado pelos cristãos desde há muito tempo. Estas frases se usavam para descrever todos os dias de festas, as oferendas dos holocaustos, os alimentos limpos, os sacerdotes do pacto antigo e o santuário do pacto antigo. Leiam-se particularmente os versículos 28 e 29 do mesmo capítulo.

Ainda que o "dízimo do dízimo" (1%) que era entregue aos sacerdotes era o "melhor" do que recebiam os levitas, o dízimo que recebiam os levitas era somente "uma décima parte" e não era do "melhor" (Lev. 27:32,33).

Item #7: As Primícias Não São o Mesmo Que os Dízimos

A falsa premissa é que os dízimos são o mesmo que as primícias.

As primícias eram uma quantidade muito pequena da primeira colheita e o primogênito era o primeiro nascido dos animais. As primícias eram tão pequenas que cabiam dentro de um canastro de mão (Deut. 26:1-4, 10; Lev. 23:17; Núm. 18:13-17; 2º Crô. 31:5a).

As primícias e a oferta do primogênito iam diretamente ao templo para o consumo único dos sacerdotes que tinham a obrigação de consumi-las em sua totalidade dentro do templo (Nee. 10:35-37a; Ex. 23:19; 34:26; Deut. 18:4).

Todo o dízimo levítico ia primeiro às cidades dos levitas e certas porções iam ao templo para alimentar tanto aos levitas como aos sacerdotes que ministravam ali por turno (Nee. 10:37b-39; 12:27-29, 44-47; Núm. 18:21-28; 2º Crô. 31:5b). Ainda que os levitas alimentavam-se com o dízimo, os sacerdotes podiam comer também das primícias, das oferendas do primogênito e outras oferendas.

Item #8: A Bíblia Descreve Quatro Diferentes Tipos de Dízimos.

A falsa doutrina ignora todos os outros dízimos e enfoca-se numa interpretação errônea do primeiro dízimo religioso.

O primeiro dízimo religioso, chamado o "dízimo levítico" tinha duas partes. Novamente, o primeiro dízimo, por inteiro, entregava-se aos levitas que eram somente os servos dos sacerdotes (Núm. 18:21-24; Nee. 10:37). Os levitas, por sua vez, davam uma décima parte de todo o dízimo aos sacerdotes (Núm. 18:25-28; Nee. 10:38). De acordo com Deuteronômio 12 e 14, o segundo dízimo religioso, chamado o "dízimo da festa," era consumido pelos adoradores nas ruas de Jerusalém durante os três festivais anuais (Deut. 12:1-19; 14:22-26). E de acordo com Deuteronômio 14 e 26, um terceiro dízimo, chamado o "dízimo para os pobres", guardava-se nos lares em cada terceiro ano para alimentar aos pobres (Deut. 14:28,29; 26:12,13). Ademais, de acordo com 1º Samuel 8:14-17, o governante recolhia o primeiro e o melhor dez por cento para o uso político. Durante o tempo de Jesus Roma recolhia o primeiro dez por cento (10%) de quase todo o alimento e o vinte por cento (20%) do fruto das colheitas como seus despojos de vencedor. Alguém pode perguntar-se que vem a ser o que as igrejas estão a tratar de esconder quando escolhem o dízimo religioso que mais lhes convém para seus fins e descartam os outros dois dízimos religiosos importantes.

Item #9: Jesus, Pedro, Paulo e os Pobres Não Dizimavam!

O falso ensino é que todo mundo no Antigo Testamento tinha a obrigação de dar a Deus ao nível dos dez por cento.

Os pobres não tinham obrigação alguma de dizimar! Nem também não se dizimava dos resultados da mão de obra do trabalhador, artesão ou por habilidade alguma. Somente os agricultores e pecuaristas recolhiam o dízimo do que Deus produzia em aumento. Jesus era um carpinteiro; Paulo era um fabricante de tendas e Pedro era um pescador. Nenhum destes labores os qualificava para dizimar porque não cultivavam a terra nem cuidavam do gado para subsistir. Portanto, é incorreto ensinar que todos pagavam rigorosamente ao menos o dízimo e, todavia, que no Novo Pacto os cristãos têm a obrigação de, ao menos, começar com o mínimo do que davam os israelitas no Pacto Antigo. Esta falsa premissa se repete muito com freqüência e desconhece por completo a definição tão singela do dízimo como alimento recolhido dos produtos do aumento da semeadura ou do aumento do gado.

Também é um erro ensinar que os pobres de Israel tinham a obrigação de pagar o dízimo. De fato, eles mesmos recebiam o dízimo! Uma grande parte do dízimo da segunda festa e todo o dízimo especial do terceiro ano era para os pobres! Tinha muitas leis que protegiam aos pobres de abuso e de sacrifícios custosos que não podiam custear (veja-se também Lev. 14:21; 25:6, 25-28, 35, 36; 27:8; Deu. 12:1-19; 14:23, 28, 29; 15:7, 8, 11; 24:12, 14, 15, 19, 20; 26:11-13; Mal. 3:5; Mat. 12:1, 2; Marcos 2:23, 24; Lucas 2:22-24; 6:1, 2; 2ª Cor. 8:12-14; 1 Tim. 5:8; Tiago 1:27).

Item #10: Com Freqüência o Dízimo Usava-se Como Um Imposto Político.

O falso ensino é que os dízimos nunca se podem comparar aos impostos ou à taxação.

Na economia hebraica, o dízimo se usava de uma maneira totalmente diferente do que se prega hoje. Outra vez, os levitas que recebiam todo o dízimo nem sequer eram ministros ou sacerdotes – eram somente os servos dos sacerdotes! Números, capítulo 3 descreve os levitas como carpinteiros, operários em metalúrgica, curtidores e artesãos que cuidavam da manutenção do pequeno santuário. E de acordo com 1º das Crônicas, capítulos 23-26, durante o tempo do rei Davi e do rei Salomão os levitas ainda eram exímios artesãos encarregados da inspeção para dar o visto bom a toda a obra do templo: 24.000 trabalhavam no templo como operários e capatazes; 6.000 eram oficiais e juízes; 4.000 eram guardas e 4.000 eram músicos. Como representantes oficiais do rei, os levitas usavam seus rendimentos do dízimo para cumprir como oficiais, juízes, cobradores de impostos, tesoureiros, guardas do templo, músicos, padeiros, cantores e soldados profissionais (1º Crô. 12:23, 26; 23:2-5; 26:29-32; 27:5). A razão pela qual estas formas do uso dos rendimentos do dízimo não se usam como exemplos hoje para a igreja é óbvia.

Também é importante saber que os dízimos do Pacto Antigo jamais foram usados para a evangelização dos que não eram israelitas. O dízimo fracassou! Veja-se Hebreus 7:12-19. Os dízimos jamais foram recursos para que os levitas ou sacerdotes do Pacto Antigo estabelecessem missão alguma ou movessem a um gentil que fosse a se converter em israelense (Êxo. 23:32; 34:12, 15; Deut. 7:2). O dízimo do Antigo Pacto foi motivado e dado por mandato da lei, e não pelo amor. De fato, durante a maior parte da história de Israel os oráculos de Deus foram os profetas – e não os levitas e sacerdotes que viviam do dízimo.

Item #11: Os Dízimos Levíticos em Geral Eram Levados às Cidades dos Levitas.

Falsos mestres querem que pensemos que, tal qual no Antigo Testamento, os dízimos que se levavam ao templo agora devem ser levados ao "gazofilácio do edifício da igreja".

O dízimo "inteiro" NUNCA se levava ao templo! Em realidade, a grande parte dos dízimos levíticos jamais chegava ao templo! Os que ensinam outra coisa ignoram as cidades levíticas e as 24 classes dos levitas e sacerdotes. De acordo com Números 35, Josué 20, 21 e 1º das Crônicas 6, os levitas e sacerdotes viviam em terra emprestada como Jericó e Hebrom que rodeavam as cidades levíticas onde eles lavravam as terras e criavam gado (dizimado). Também é claro, a partir de 2º das Crônicas 31:15-19 e Neemias 10:37, que as pessoas do povo tinham que levar seus dízimos às cidades levíticas. Por quê? Porque ali é onde vivia os 98% dos levitas e sacerdotes com suas famílias a maior parte do tempo. Veja-se também a Josué 20, 21; Núm. 35; 1º das Crônicas 6:48-80; 2º Crônicas 11:13-14; Nee. 12:27-29; 13:10 e Mal. 1:14 para as cidades levíticas.

Item #12: O Texto do Dízimo Que É Mais Abusado é Malaquias 3.

O falso ensino dos dízimos a partir de Malaquias 3 ignora cinco fatos bíblicos importantes:

(1) Malaquias está no contexto do Pacto Antigo e jamais se cita no Novo Pacto para abonar o dízimo (Lev. 27:34; Nee. 10:28, 29; Mal. 3:7; 4:4).
(2) Em 1:6; 2:1 e 3:1-5 Malaquias claramente dirige-se aos sacerdotes que não têm honradez senão estão sob maldição devido a que tinham roubado as melhores ofertas de Deus.
(3) Deve-se considerar que os levitas viviam em suas cidades e Jerusalém não era uma cidade levítica (Josué 20, 21). O ensino de que os 100% do dízimo eram trazidos ao templo não faz sentido porque a maioria dos levitas e sacerdotes não vivia em Jerusalém.
(4) Em Mal. 3:10-11 os dízimos ainda têm a forma de alimentos (Lev. 27:30-35).
(5) As 24 classes de levitas e sacerdotes também devem ser levadas em conta. Começando com o rei Davi e Salomão, dividiam-se em 24 famílias. Estas divisões seguiam vigentes durante o tempo de Malaquias segundo o requerido por Esdras e Neemias. Já que só uma família servia no templo por só numa semana ao mesmo tempo, não tinha razão alguma para enviar TODO o dízimo ao templo quando o 98% tinha como finalidade a alimentação dos que ficavam nas cidades levíticas (para as classes se veja 1º das Crôn. capítulos 23-26; 28:13, 21; 2 Crô. 8:14; 23:8; 31:2, 15-19; 35:4, 5, 10; Esdras 6:18; Nee. 11:19, 30; 12:24; 13:9, 10; Lucas 1:5).

Portanto, ao analisar o contexto das cidades levíticas, as 24 famílias de sacerdotes, os meninos menores de idade, as esposas, Números 18:20-28, 2º das Crônicas 31:15-19, Neemias 10-13, e todo Malaquias, somente como 2% do dízimo normalmente se requeria no templo de Jerusalém.

Tanto a bênção como a maldição de Malaquias 3:9-11 esteve em vigência até que o Pacto Antigo caducou na cruz. Os que escutaram a Malaquias por vontade própria reafirmaram o Pacto Antigo (Nee. 10:28,29). "Maldito o que não confirme as palavras desta lei, pondo-as por obra." E todo o povo dirá: "Amém." (Deu. 27:26 citado em Gál. 3:10). Mas Jesus pôs fim à maldição. "Cristo isentou-nos da maldição da lei, feito por nós maldição; (porque está escrito: Maldito qualquer que é pendurado em madeiro)" (Gál. 3:13).

Hoje as pessoas com rendimentos mais baixos são os que pagam em maior quantidade às agências de caridade. No entanto a maioria segue na pobreza. Nem a loteria, nem o dízimo é a resposta mágica que substitui a educação, determinação e o árduo trabalho. Se Malaquias 3:10 deveras funcionasse para os cristãos do Novo Pacto, então os milhões de cristãos pobres que pagam o dízimo talvez já tivessem escapado da pobreza e já seria o grupo mais endinheirado do mundo, em vez de seguir entre o grupo mais pobre. Não há prova alguma que a maioria das pessoas pobres que "pagam o dízimo" recebe bênção financeira singelamente porque pagam o dízimo. As bênçãos do Pacto Antigo não são as bênçãos do Novo Pacto (Heb. 7:18, 19; 8:6-8, 13).

Item #13: O Novo Testamento Não Ensina o Dízimo.

A falsa doutrina é que Jesus ensinou o dízimo em Mateus 23:23, o qual segundo dizem eles, é evidente no Novo Testamento.

O Novo Pacto não começou quando Jesus nasceu, senão quando Ele morreu (Gál. 3:19, 24, 25; 4:4, 5). O dízimo não é ensino para a igreja após a cruz! Quando Jesus falou do dízimo em Mateus 23:23, o "vocês" se referia à obediência judaica à lei do Pacto Antigo o qual o apoiou e endossou até a cruz (veja-se "da lei" em 23:23). Em Mateus 23:2 e 3 (o contexto de 23:23) Jesus disse a seus seguidores judeus que obedecessem aos escribas e fariseus "porque se sentam na cátedra de Moisés". No entanto, ele não mandou que os gentios que ele curou se apresentassem aos sacerdotes e que obedecessem à lei de Moisés (compare-se com Mat. 5:23, 24 e 8.4). E as igrejas de hoje não arrecadam dízimos das ervas das hortaliças tal como Jesus ordenasse.

Após a cruz não há nem um texto bíblico que seja, no Novo Testamento, que ensina o dízimo – Ponto! Atos 2:42-47 e 4:32-35 não dão o exemplo do dízimo para o sustento dos líderes da igreja. De acordo com Atos 2:46 os cristãos judeus seguiam adorando no templo. E de acordo a 2:44 e 4:33,34 os dirigentes da igreja compartilhavam por igual com os fiéis do que recebiam (o que não se faz hoje). Finalmente Atos 21:20-25 comprova que os cristãos judeus seguiam observando zelosamente a lei mosaica 30 anos depois – e isso deve ter incluído o dízimo. De outra maneira não os teriam permitido entrar ao templo para adorar. Portanto, qualquer dízimo recolhido pelos primeiros cristãos judeus chegava ao templo e não ia para o apoio da igreja.

Item #14: O Sacerdócio Limitado do Antigo Pacto Foi Substituído Pelo Sacerdócio de Todos os Crentes.

O falso ensino é que os bispos e pastores do Novo Pacto singelamente seguem a mesma linha do sacerdócio do Pacto Antigo merecendo o dízimo.

Compare-se Êxodo 19:5,6 com 1ª Pedro 2:9,10. Antes do incidente do bezerro de ouro, a intenção de Deus tinha sido que cada israelita fosse um sacerdote de tal modo que o dízimo jamais se tivesse estabelecido. Os sacerdotes não dizimavam, mas recebiam uma décima parte do primeiro dízimo (Núm. 18:26-28; Nee. 10:37,38).

A função e o propósito do sacerdócio do Pacto Antigo foram substituídos, não pelos bispos e pastores, senão pelo sacerdócio de todos os crentes. Igualmente a todos os regulamentos da lei, o dízimo era tão só uma sombra provisória até que chegasse Cristo (Efé. 2:14-16; Col. 2:13-17; Heb. 10:1). No Novo Pacto cada crente é feito um sacerdote para com Deus (1 Ped. 2:9, 10; Apo. 1:6; 5:10). E como sacerdote, cada crente oferece sacrifícios a Deus (Heb. 4:16; 10:19-22; 13:15, 16). Portanto, cada ordem que previamente sustentava relação com o antigo sacerdócio foi apagada na cruz. Já que Jesus também não era da tribo de Levi, até ele mesmo não qualificou. Assim, o propósito original do dízimo já não existe (Heb. 7:12-19; Gal. 3:19, 24, 25; 2ª Cor. 3:10-18).

Item #15: A Igreja do Novo Pacto Nem é Um Edifício Nem é Um Armazém.

O falso ensino é que no cristianismo os edifícios chamados "igrejas", "tabernáculos" ou "templos" substituem o templo do Antigo Testamento como a morada de Deus.

A palavra de Deus jamais designa às igrejas do Novo Pacto como "tabernáculos", "templos" ou "edifícios" nos quais mora Deus! A igreja de Deus, a morada de Deus, está dentro dos crentes. Os crentes "não vão à igreja" – senão que os crentes se "congregam para adorar". Ademais, já que os sacerdotes do Antigo Testamento não pagavam o dízimo, então não é lógico seguir com essa prática. Portanto, é um erro chamar a um edifício "o armazém de Deus" para os dízimos. (1ª Cor. 3:16, 17; 6:19, 20; Efé. 1:22, 23; 2:21; 4:12-16; Apo. 3:12). Para "o armazém" ou "minha casa" compare-se 1ª Coríntios 16:2 com 2ª Coríntios 12:14 e Atos 20:17, 32-35. Durante vários séculos, após o calvário, os cristãos nem tinham seus próprios edifícios (para chamá-los armazém) já que o cristianismo era uma religião proibida.

Item #16: A Igreja Cresce à Medida Que Exerce os Princípios do Novo Pacto.

O falso ensino implica que os princípios da graça não são tão bons como os princípios da dadivosidade no antigo pacto.

No Novo Pacto:

(1) De acordo com Gálatas 5:16-23, não há nenhuma lei física que controle o fruto do Espírito.
(2) 2ª Coríntios 3:10 diz que o Pacto Antigo "não tem glória" quando se compara com a "superabundante" glória e liberdade do Espírito.
(3) Hebreus 7 é a única menção do dízimo após o calvário e explica a razão pela qual o sacerdócio levítico deve ser substituído pelo sacerdócio de Cristo, porque o primeiro era débil e infrutuoso. Ao estudar Hebreus 7 nota-se uma progressão desde o versículo 5 ao versículo 12 e até ao 19.
(4) A maneira como se ensina o dízimo hoje manifesta a falência da igreja em crer e atuar sobre os melhores princípios do amor, da graça e da fé. As normas de dar por obrigação não podem, não resultaram e não prosperarão à igreja mais que os princípios guiados pelo amor a Cristo e às almas perdidas (2 Cor. 8:7,8).

Item #17: A Preferência do Apóstolo Paulo Foi Que os Líderes da Igreja Tivessem Sustento Próprio.

O falso ensino é que Paulo ensinou e praticou o dízimo.

Como rabino judeu, Paulo se contava entre os que persistiam em trabalhar para seu próprio sustento (Atos 18:3; 1ª Tes. 2:9, 10; 2ª Tes. 3:8-14). Ainda que Paulo não condene aos que podem receber todo o apoio, também não ensina que o apoio financeiro total é a vontade de Deus obrigatória para o avanço do evangelho (1ª Cor. 9:12). De fato, duas vezes, em Atos 20:29-35 como também em 2ª Coríntios 12:14, Paulo urge aos bispos da igreja que trabalhem para prestar apoio aos crentes necessitados da igreja.

Para Paulo, "viver o evangelho" significava "viver pelos princípios do evangelho de fé, amor e graça" (1ª Cor. 9:14). Ainda que Paulo entendesse que ele tinha certo "direito" a algum apoio, ele concluiu que sua "liberdade" ou o sentir-se livre de pregar sem impedimentos era-lhe mais importante no cumprimento de seu apelo para com Deus (1ª Cor. 9:12, 15; 2ª Cor. 11:7-13; 12:13, 14; 1ª Tes. 2:5, 6). Enquanto trabalhava fabricando tendas, Paulo aceitou um apoio limitado, mas se jactava que seu pagamento ou salário era que ele podia pregar o evangelho voluntariamente, sem ser ônus para outros (1ª Cor. 9:16-19).

Item #18: O Dízimo Não Foi Lei Para a Igreja Até 777 a.D.

O falso ensino é que a Igreja sempre ensinou o dízimo.

As primeiras congregações cristãs se formaram seguindo o padrão das sinagogas judaicas dirigidas pelos rabinos que, semelhantes a Paulo, negavam-se a receber rendimentos da pregação e o ensino da Palavra de Deus. Há muitos livros em torno da vida social dos judeus que explicam este detalhe.

Desde a morte de Cristo até que o cristianismo chegou a ser uma religião com reconhecimento legal, 300 anos depois, a maioria dos grandes líderes da igreja se impôs votos de pobreza. Este é um fato histórico com apoio em documentos históricos! Tomaram literalmente as palavras de Jesus ao jovem rico em Lucas 18:22 "vende tudo o que tens, e dá á os pobres, e terás tesouro no céu; e vem, segue-me". A maioria dos historiadores da igreja está de acordo que estes primeiros líderes da igreja ao menos pelos primeiros 200 anos trabalhavam em sustento próprio. Um líder cristão não podia dizer a um oficial do censo romano que seu trabalho era de tempo integral na pregação de uma religião "proibida".

Clemente de Roma (c95), Justino, o Mártir (c150), Irineu (c150-200) e Tertuliano (c150-200), todos se opunham ao dízimo por ser estritamente uma tradição judaica. O Didaquê (c150-200) sancionava aos apóstolos itinerantes que ficavam mais de três dias e depois pediam dinheiro. Os viajantes que decidiam se combinar com eles viam-se obrigados de aprender um ofício. Os que ensinam o dízimo não citam as declarações destes pais da igreja que se opunham ao dízimo.

Cipriano (200-258) fracassou quando tentou impor o dízimo em Cartago, África do norte, ao redor do 250 a.D. No entanto, quando se converteu, Cipriano entregou sua grande riqueza pessoal aos pobres e tomou um voto de pobreza. E – devemos recordar – suas idéias do dízimo não foram adotadas.

Quando os mestres do dízimo citam a Ambrósio, Crisóstomo e Agostinho, como os assim chamados "pais da igreja", por pura conveniência não incluem os primeiros 200 anos da história da igreja. Ainda, depois que o cristianismo foi legalizado, no século quarto, muitos dos grandes líderes espirituais tomaram votos de suma pobreza preferindo viver vida de solteiros em monastérios. Se é que vão citar a estes mestres do dízimo, então a igreja também deve observar o tipo de vida que eles viviam.

Ainda que estejam em desacordo com seus próprios teólogos, a maioria dos historiadores da igreja escreve que o dízimo não chegou a ser uma doutrina aceita na igreja por mais de 700 anos após a cruz. De acordo com os melhores historiadores e enciclopédias, não foi senão até após 500 anos que o concílio local da igreja de Macón, na França, no ano 585, tentou, sem sucesso, impor dízimo sobre seus membros. Não foi senão a partir do ano 777 que Carlos Magno permitiu que a igreja, por aval de lei, pudesse recolher os dízimos.

Tal qual, amigo meu, é a história do dízimo segundo a Enciclopédia Britânica, a Enciclopédia Americana e a Enciclopédia Católica Romana para que todos a leiam. Estes fatos históricos devem servir como prova para qualquer pessoa.

CONCLUSÃO:

Na palavra de Deus, o "dízimo" não aparece por si sozinho. É o dízimo dos "ALIMENTOS". O dízimo bíblico foi limitado dentro de um marco estreito pelo mesmo Deus. O verdadeiro dízimo bíblico sempre teve estas características:

(1) Somente o que era alimento ou comida;
(2) Somente da atividade agrícola e pecuária;
(3) Dado somente por israelitas;
(4) Por quem somente vivia dentro da terra santa, dentro da fronteira de Israel;
(5) Somente de acordo com as condições do Pacto Antigo; e
(6) O aumento somente se podia recolher daquilo que Deus tinha produzido;

Portanto,

(1) Objetos que não eram alimento não podiam ser dizimados;
(2) Animais de caça silvestre e de pesca não podiam ser dizimados;
(3) Os que não eram israelitas não podiam dizimar;
(4) Alimento que não fosse da terra santa de Deus não podia ser dizimado;
(5) Quando já não havia sacerdócio levítico não havia lei, em rigor, que obrigasse o dízimo; e
(6) O dízimo não provinha do que tinha produzido a mão do homem ou capturado por suas próprias mãos na pesca ou na caçada.

Convido aos líderes da igreja a mostrar abertura a dialogar em torno deste tema. O estudo atento e cuidadoso da palavra de Deus é indispensável para o crescimento da igreja. Que Deus lhe abençoe ao participar neste estudo.

sábado, 8 de março de 2008

Primeira Carta a Igreja de Cristo no Mundo


Assunto: O convite ao retorno da mensagem genuína do Evangelho

Amados e queridos irmãos e irmãs de toda parte, estou escrevendo esta carta para não ser acusado pela minha consciência e nem por Deus que sabe que tenho feito de minha vida um esforço contínuo para pregar o evangelho genuíno. Tenho gasto todos os dias para divulgar o Evangelho como Jesus e os apóstolos pregaram no passado e segundo está escrito nos evangelhos, nas cartas do Apóstolo Paulo e nos outros livros dos discípulos diretos de Jesus.
Estamos vivendo dias de complicação entre as igrejas, sou desafiado todos os dias a dar provas daquilo que deveria ser normal entre os que se dizem cristãos como repetir para muitos o que é básico na fé. Pouco tem sido falado de Cristo e sua verdadeira mensagem. Gostaria de escrever essa carta direcionada a qualquer crente em qualquer lugar no mundo.
Essa carta é a primeira de muitas outras que vou escrever sobre o período de decadência da fé que estamos vivendo, faço isso para deixar meu testemunho e meu aviso para todo os que vierem a lê-la.
Estamos vivendo dias de caos entre os irmãos da fé em Cristo, estou sendo severamente criticado e perseguido por não aceitar a situação que chamo de vergonhosa.
Gostaria de colocar que muitas vezes fui influenciado no passado por muitas dessas fábulas, mas graças a Deus pude ouvir o convite e retornar à genuína mensagem do Evangelho.
É por isso que com carinho escrevo esta carta para alertar os irmãos em toda parte sobre a mensagem que está sendo anunciada por muitos pregadores, falsificadores do Evangelho, que invadem os meios de comunicação anunciando e falando de suas próprias cobiças e alimentando a cobiça de muitos.
Muitos fazem do Evangelho uma oportunidade para obterem riquezas, sucesso e poder, usando o evangelho como um meio para conseguir coisas e posições. Fazendo da igreja um gabinete de emprego ou uma empresa.
Essa gente que se diz pregadores de Cristo não tem passado de lobos disfarçados de pastores que comem a gordura das ovelhas. Digo que nem todos agem assim, mas todos os que têm um discurso apegado ao dinheiro e ao poder temporal carregam em si o mesmo engano.
Engano de não anunciarem Cristo como o único caminho para a salvação, Jesus para eles é só um milagreiro, e não a ponte que cruza o abismo. Trocaram a mensagem salvífica por uma mensagem egoísta, não proclamam Cristo, apenas usam sua influência para alisarem seus egos e os dos outros.
Cristo por acaso mudou? Sua mensagem mudou? A cruz mudou? Seus discípulos mudaram? Os escritos dos primeiros crentes como: Os Apóstolos, Pedro, Paulo, João e todos os que deixaram seus escritos para a igreja no futuro mudaram? Por acaso nós temos que mudar? Ou somos autorizados a mudar a sã doutrina que em resumo está expressa no evangelho segundo João 3.16 que é: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho para que todo aquele que n'Ele crê não pareça, mas tenha a vida eterna.
Por acaso o que nos salva são as riquezas? O dinheiro é que salva? Os bens que uma pessoa possui são a garantia de salvação? Ou Cristo crucificado nos garante a vida eterna?
Creio que não estou falando segundo minha visão da Bíblia, mas falo segundo o que os autores, principalmente os do Novo Testamento quiseram dizer, pois quem lê estes textos sem observar o que cada autor queria dizer ao escrever tal livro ou carta poderá cometer um erro e levar muitos ao mesmo engano.
Por isso a Bíblia deve ser interpretada não segundo uma interpretação pessoal, mas segundo a visão dos seus autores. Por esta razão, peço com carinho, releiam os evangelhos e as cartas tentando descobrir o que o autor está expressando e querendo dizer.
Sendo assim vocês verão como se deve expressar sua fé em Jesus Cristo, como podemos aplicar nos nossos dias as orientações que nossos pais na fé deixaram para nós.
Muitos verão como a igreja de hoje deixa a desejar quanto a igreja proposta por Cristo, verão como a mensagem está sendo pregada hoje de maneira enganosa, como se Jesus tivesse proposto garantias de uma vida abastada, próspera e sem problemas.
A mensagem do Evangelho mudou? Cristo por acaso morreu em vão? Devemos colocar jugos e pesos sobre o povo? Ou devemos anunciar ao povo o amor de Deus em Cristo Jesus?
Creio irmãos que Cristo e sua mensagem não mudaram, mas muitos tentam mudar Cristo e sua mensagem.
Com muito amor gostaria de alertar aos que usam de tais artifícios para manipular aos outros lhes apresentando um outro evangelho que não seja o de Cristo e convidar tanto aos que cederam a mensagem, quanto aos que pregam este engano, que retornem a mensagem genuína de salvação, que procurem orientação e se voltem para Cristo e sua mensagem verdadeira que é a mensagem de salvação através do amor de Deus demonstrado por Cristo na Cruz.
Desde já sinto minha consciência livre para com todos que de algum modo leram esta carta e espero que muitos retornem à mensagem genuína do Evangelho de Cristo.
Que a Paz seja com todos...
Regis, aquele que tem cuidado da igreja que se reúne na casa do Alexandre e da Branca com carinho a todos.

Se você crê no Evangelho da Cruz de Cristo ajude a divulgar esta carta, obrigado.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A experiência de Deus no deserto

Silvana Venancio Cabral

Muita coisa tem sido dita sobre deserto espiritual no nosso meio, mesmo assim fica a dúvida sobre o lugar dessa experiência na vida cristã. O deserto é uma exceção na vida com Deus ou algo que todos teremos de passar? Antes de responder esta pergunta, vamos olhar o deserto na Bíblia: não foram poucos os personagens bíblicos que passaram pela experiência de Deus no deserto, muitos homens e mulheres viveram a terrível sensação de ausência ou do silêncio de Deus: Elias viveu a amargura do medo e da frustração no deserto; Moisés passou 40 anos acreditando que nada mais iria acontecer na sua trajetória como libertador; Jó viveu na carne a experiência de se sentir abandonado por Deus; e Jesus, do alto da cruz, deu um brado: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Além desses relatos, na nossa própria caminhada cristã, passamos, muitas vezes, por essa sensação de abandono, perdemos o sabor da vida, o que nos alegrava passa a não alegrar mais, a música, o sermão, a leitura da palavra e a oração, tudo parece sem sentido e estafante. Esses sintomas podem surgir em vários momentos da nossa vida, talvez por causa do cansaço físico e mental, uma doença, o fim de um relacionamento amoroso, estresse e tantos outros motivos. Mas o deserto espiritual tem algumas particularidades.Na solidão do deserto o nosso coração de pedra se transforma em carne, o coração fechado se abre a todos os sofredores num gesto de amor e solidariedade . Mas, olhando de longe os inúmeros acontecimentos que atingem uma pessoa no deserto, sentimo-nos compelidos a fugir dele. Vivemos com se nenhum mal fosse nos atingir, e incorporamos palavras de ordem, que dizem: “somos filhos do Rei”, “ora que melhora”, e falamos com a força dos nossos pulmões: “tudo posso naquele que me fortalece”. Nada disso é mentira, no entanto, quando nos vemos em apuros, essas frases passam a não fazer mais sentido e algumas coisas acontecem: ou nos sentimos abandonados por Deus ou pensamos que os nossos pecados nos afastaram dele. Lembremos de Jó: não foi o seu pecado o responsável pelo seu sofrimento. Mas parece que a experiência do patriarca nos traz ainda mais angústias: não nos sentimos à altura dele e por isso achamos que todo o nosso sofrimento é resultado dos nossos pecados. Perguntamo-nos: onde eu errei? O que eu fiz para merecer tamanho castigo? Sentimo-nos abandonados. Achamos que nos perdemos de Deus e que já não somos mais objeto do seu amor. Queremos viver somente alegrias, mas não podemos evitar, quando menos esperamos experimentamos uma aridez espiritual e concluímos que o que está nos acontecendo é o que muitos chamam de deserto. Os pais do deserto, pelo menos, fizeram esta escolha livremente, mas a nós parece que essa opção não é dada. Para os contemplativos, no entanto, a experiência do deserto deve ser recebida com agrado, do mesmo modo que uma pessoa enferma receberia com bons olhos a noticia de uma cirurgia que promete saúde e bem-estar . Isso não que dizer que o cristão deva ser alguém que sai pelo mundo em busca do desprazer e de desgraças, não é sobre isso que estamos falamos. O que queremos dizer é que na caminhada com Deus vamos experimentar sensações de abandono, dores e fracassos, e isso não tem nada a ver com os nossos pecados. Não foi assim com Ana, Jó, Paulo e tantos outros? Mas, como conciliar o deserto com um conceito de espiritualidade que não tem lugar para dor e o sofrimento? Como conciliar a imagem de uma vida próspera e abençoada com a experiência do silêncio de Deus?Na vida contemplativa, o deserto sempre teve o seu lugar. Nos primeiros séculos da Era Cristã, muitos homens e mulheres foram literalmente para o deserto em busca de um encontro com Deus através da solidão, do silêncio e da oração. Antão, Agatão, Macário, Poemem, Teodora, Sara e Sinclética foram líderes espirituais no deserto . “Sem esse deserto, perdemos nossa alma enquanto pregamos o evangelho”. Todos os contemplativos viveram a realidade do Deus Absconditus*, mas foi João da Cruz, monge carmelita do século XVI, quem desenvolveu uma tradição contemplativa sobre a noite escura da alma, ou noite dos sentidos. Quando vires teus desejos apagados, tuas afeições na aridez e angústias, e tuas faculdades incapazes de qualquer exercício interior, não sofras por isso; considera-te feliz por estares assim. É Deus que te vai livrando de ti mesmo, e tirando-te das mãos todas as coisas que possuis. Na noite dos sentidos, somos convidados a sermos todos de Deus. Nesta vida, o homem não se une a Deus por meio daquilo que entende, goza ou imagina, nem por alguma coisa que os sentidos ofereçam; mas unicamente pela fé.... Somos chamados a experimentar o silêncio de amor, a nos calarmos diante do inefável, e a pormos a atenção amorosamente em Deus, sem ambição de querer sentir ou entender coisa alguma particular a seu respeito. Na noite escura dos sentidos, somos convidados à comunhão da dor de Cristo. De acordo com o teólogo alemão Jürgen Moltmann, no centro da fé cristã está a história da Paixão de Cristo. No centro dessa paixão está a experiência de Cristo abandonado por Deus. Pare ele, ou isso representa a ruína da fé humana no criador, ou o surgimento de uma Fé em Deus que não é possível de ser destruída por nada. Não mais uma fé que dependa de resultados, de sentir calafrios, que dependa da emoção, não mais uma fé que precisa de formulações inquestionáveis, mas uma fé descansada, porque o amor não cansa e nem se cansa. Uma fé que se abandona nas mãos de Deus e se deixa levar por ele. A experiência de Deus no deserto é a experiência do despojamento que nos leva a amar a Deus sobre todas as coisas, mesmo diante da dor e do sofrimento. Por que Deus permite o sofrimento não sabemos, mas, para Multmann, mesmo que soubéssemos isso não nos ajudaria a viver. Se descobrirmos, no entanto, onde está Deus e experimentarmos sua presença no nosso sofrer, encontrar-nos-emos na fonte de onde brota a vida novamente. O sofrimento e a dor não devem ser entendidos, neste sentido, como resultado do nosso afastamento de Deus, muito pelo contrário, podemos nos sentir amados mesmo diante da dor e da aflição. Mas é muito difícil perceber o amor de Deus diante do sofrimento e da aridez espiritual, porque estamos comprometidos com uma falsa ilusão do que seja esse amor por nós. Coisificamos o nosso amor por Deus, só nos sentimos amados quando a nossa vontade é satisfeita. Se as nossas orações não são respondidas, pensamos que Deus não nos ama. Se não nos emocionamos no culto é porque falta unção, dependemos dos resultados para experimentamos Deus. No deserto, somos privados de tudo, dos resultados e da emoção, só restam dúvidas, é aí, que o conceito de Hebreus, começa a fazer sentido, a Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem (Hebreus 11:1). Na noite escura, ficamos livres da nossa excessiva dependência . Na=de resultados interiores e exteriores, lá nada acontece, só Deus basta noite escura, aprendemos a amar a Deus por ele mesmo, não por aquilo que ele pode fazer ou deixar de fazer por nós. Lá, nada faz sentido, e é no sem sentido que encontramos a verdadeira paz. Profunda é a luta na noite contemplativa, mas é igualmente muito profunda a paz que se espera. E, se a dor espiritual é intima e penetrante, o amor que se há de alcançar é também íntimo e puro. Nesta noite escura, aprendemos a nos despojar de uma falsa imagem de Deus, o Deus que era o nosso provedor, passa ser também o consolador, o Deus que servia apenas de alívio para as nossas neuroses do cotidiano, passa ser o nosso companheiro de amor. Na noite escura, tudo muda. Aqui temos um verdadeiro encontro de amor, onde nada mais é importante. Se formos abandonados, amamos assim mesmo, se nossas orações não são respondidas, não deixamos de amar por causa disso. Nesta noite dos sentidos, mesmo sem sentir, somos transformados. O progresso da pessoa é maior quando ela caminha às escuras e sem saber. Aprendemos a amar a Deus como ele deseja ser amado. É amar sem querer possuir o objeto do nosso amor, é amar sem reduzir a Deus a uma idéia ou a uma lâmpada de Aladim. É amar uma pessoa, que misteriosamente é três.Sobre a pergunta: o Deserto é uma exceção na vida com Deus ou algo que todos teremos de passar? Podemos respondê-la da seguinte maneira: talvez, nem todos os cristãos passem pelo deserto, mas todos aqueles que passarem irão experimentar a purificação dos sentidos. Para a pessoa crescer na contemplação até chegar á união com Deus, deverão ficar de lado, em silêncio, todos os meios e exercícios sensíveis das faculdades humanas. Só assim poderá o Senhor infundir nelas o sobrenatural, pois a capacidade natural não consegue chegar tão alto. Aqui entendemos que só podemos encontrar Deus no silêncio, na solidão e na oração. O nosso objeto de desejo é livre para ir e vir, quando desejar. Não ficamos tão dependentes de sentir a sua presença. Já sabemos onde ele está.

Autora: Mestranda em Teologia - Seminário Batista do Sul do Brasil; Jornalista; graduanda em Teologia - PUC-Rio

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O Perigo de Ser Empedido de Pensar e Questionar

O texto que você vai ler é de uma mensagen enviada via orkut por uma conhecida e seguido de minha resposta a ela:

Mensagem:

Querido Regis Se você for sabio, o beneficio sera seu; se for zombador, sofrera as consequencias.A insensatez é pura exibição, sedução e ignorãncia. Prov:9 12/13Os labios que dizem a verdade permanecem para sempre, mas a lingua mentirosa dura apenas um instante. O engano esta no coração dos que maquinam o mal, mas a alegria esta entre os que promovem a paz. Prov: 19/20Fiquei muito chocada com seu comentarios a respeito do Pr. Silas Malafaia.viva a sua vida, procure crescer, caminhe com Deus, ore ao Senhor, peça perdão ao Senhor se queres ter uma vida de abundancia, paz, não deixe o inimigo te usar; pois ele esta usando a sua imagem e asua boca, tenha cuidado, tema ao Senhor, a mão de Deus corrige e pesa, pense nisso.com muito carinho,Josi (USA) irma da Andreia

Resposta:

Josi, Interessante, mas não me importo em dizer a verdade, pois ela chegará, eu sei que é difícil para os que admiram o trabalho do Silas, eu não me importo se você não acredita, pois quem quiser que acredite!
Ezequiel 3.27 diz: Mas, quando eu falar contigo, darei que fale a tua boca, e dirás: Assim diz o Senhor Deus: Quem ouvir ouça, quem deixar de ouvir deixe, pois são casa rebelde.
Quanto há minha boca ter estar sendo usada pelo diabo e minha imagem, não ligo se você acha isso! Pois disseram que Jesus tinha Belzebu isso porque ele denunciava os fariseus hipócritas de sua época.
Outro personagem que protestou contra a igreja foi Martinho Luthero e disseram que ele tinha um diabo saindo de sua boca, mas ele não se calou e no dia 31 de outubro de 1517 ele colou na porta da igreja em Wittenberg as 95 teses que denunciavam a igreja católica dos seus abusos e erros contra o Evangelho ele foi excomungado da igreja e chamado de herege.
Neste mês dia 31 de outubro fazem 490 anos que Martinho Luthero protestou e daí vieram os protestantes e também os evangélicos. Se você tem uma Bíblia é porque Luhtero aquele que diziam ter um demônio na boca falou e não se calou.
Não vou me calar e mesmo que eu morra o Evangelho verdadeiro vai seguir sendo pregado por aqueles que não se vendem.
Eu não me vendo! Eu sei que ai nos EUA existe gente séria que não prega esse evangelho que você chama de abundancia e eu chamo de prosperidade mentirosa, pois, devemos ajuntar tesouros que durem para sempre a vida eterna e quem admira o Silas deve admirar também o evangelho da prosperidade que ele prega e todos os que praticam esta mentira e todos esses admiradores e admirados.
Quanto a Deus pesar a mão sobre mim não temo se ele achar que eu mereça que seja, ele sabe o que é melhor para mim.
Porem você usa a Bíblia para proferir maldição sobre mim, costume dos Evangélicos laçarem maldição sobre os outros, mas Jesus mandou amar os inimigos e não amaldiçoa-los, afinal é evangelho ou macumba...
Não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus! Eu oro para que vejam a verdade e saiam do engano, oro por você, e não estou preocupado se desagradei você, pois importa agradar a Deus e não aos homens.
Lembre-se Jesus veio trazer o seu Reino e para se entrar nele a porta é estreita e não passará por ela os que praticam a iniqüidade.
1ª Timóteo 4.1 e 2 diz: Ora, o Espírito afirma expressamente que nos últimos tempos, alguns se apostataram da fé, por obedeceram a espíritos de enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência.
Não retiro nada que falei e não temo! Pois temo apenas o Senhor!
O dia esta chegando e toda verdade vai aparecer, que Deus desmascare Silas e todo aquele que perverte o Evangelho de Cristo e levante profetas que não vendem seu chamado!
Pela verdade do Evangelho!
Regis, não morando nos (EUA) mas em breve na Nova Jerusalém.

Pr Regis Oliveira
Em Deus que nos deixa pensar equestionar Nele...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Benção Uma Permissão Para a Vida

Muitas pessoas vêem a benção como uma barganha com Deus, a moeda de troca é a fé ou dinheiro, acham que benção é algo que elimina toda e qualquer tribulação.
A benção não elimina os problemas, mas é em si a permissão para viver. Mesmo que isso não garanta segurança neste mundo, nos da à certeza que ele esta do nosso lado nos sustentando.
A benção de Deus é como um filho que pede a benção ou permissão ao pai para ir à praia, o pai confere a benção e o filho vai. Mas isso não significa que o filho não poderá se machucar, ou até morrer afogado.
Muitas pessoas confundem benção com prosperidade, mas benção e a permissão para viver, para sonhar, para sofrer ou até morrer.
Viver ou morrer fora da benção de Deus é estar sem futuro é desobediência, mas aqueles que entendem que benção é muito maior que ganhar brinquedinhos, carros, dinheiro e casa.
A benção de Deus hoje se resume em Cristo Jesus, nele você esta abençoado completamente, isso é, temos a permissão para viver e morrer na benção de Deus.
Saiba então que a benção de Deus não é vida sem problema, mas vida sem a maior de todas as maldições, viver longe de Deus. Por isso ore agora a Deus e diga: Permita Senhor viver ou morrer nesse mundo, mas que seja sempre perto de Ti.

Pr Regis Oliveira

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O MIR é modismo?‏

CENTRO APOLOGÉTICO CRISTÃO DE PESQUISAS - CACP VENTOS DE DOUTRINAS
Modismos e Heresias Ameaçam Igrejas Brasileiras
por Francisco Belvedere Neto

Não é nenhuma novidade que apareçam divulgadores de heresias no seioda igreja, mas nos últimos tempos a igreja brasileira tem sofrido ainfluencia do grupo musical gospel Diante do Trono, da Igreja Batistada Lagoinha de Belo Horizonte - MG. Este grupo é o que mais vende CDsevangélicos no Brasil e tem influenciado fortemente a juventudeevangélica brasileira, tendo fama de "ungidos". A Igreja Batista daLagoinha tem se tornado refêrencia a tal ponto de haver caravanas parair assistir seus cultos e conhecer a igreja. Só que, tal igreja temdisseminado um festival de doutrinas anti-biblicas . A IBL partilhados ideais do MIR ( Ministério Internacional de Restauração). Esse ministério tem sido o principal responsável pela disseminação do G12em terras brasileiras e é presidido por seu fundador René Terra Nova,que afirma ser "Apostolo". Umas das principais aliadas de Terra Nova é Valnice Milhomens do Ministério Palavra da Fé, uma pregadora da teologia da prosperidade, famosa por pregar heresias. Entre as falsas doutrinas que o MIR e demais adeptos de sua visão tem pregado, estão doutrinas que assemelham à doutrinas: católicoromanas, judaicas e mormonitas. A IBL já adotou, não só o G12 , mastambém a onda de "restauração do apostolado" ungindo Marcio Valadão,seu pastor presidente, "Apostolo", além de ter cedido seu templo para a consagração de René Terranova "Apostolo" do Brasil e da AméricaLatina, culto este que teve a presença da "Apostola" Valnice Milhomens, já citada e do "Apostolo" Mike Shea, conhecido porministrar louvor de costas, características esta da igreja ortodoxaantioquina. Vamos analisar algumas doutrinas e práticas propagadas por esses movimentos: Teologia da Prosperidade Essa é uma das doutrinas principais pregada por todos esses movimentos. Trata-se de uma substituição do Evangelho da Graça, pelo"evangelho" da ganância. Oral Roberts, um dos principais pregadoresdessa heresia, chegou a escrever um livro intitulado How i learned Jesus Was Not Poor ("Como aprendi que Jesus Não foi Pobre") É comum ouvimos da boca dos pregadores da prosperidade coisas do tipo: " Você é filho do Rei, não tem por que levar uma vida derrotada." A principiouma frase dessas pode até pode parecer ortodoxa. Mas, o que muitos talvez não saibam, é que para esses pregadores, "vida derrotada"= ser pobre, ter dificuldades financeiras, ficar doente etc.T.L Osborn, ensina em seu livro Curai Enfermos e Expulsai Demônios , que Paulo jamais esteve doente contradizendo o seguinte texto: " E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez porcausa de uma enfermidade física. E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nemdesgosto; antes, me recebestes como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus".(Gal.4.13,14). É interessante saber que Osborn no começo de seu ministério se apoiou em líderes heréticos como William Marrion Branham.T. L. Osborn, no folheto intitulado Um Homem Chamado William Branham,escreveu o seguinte:"Esta geração está incumbida: uma geração na qual Deus tem caminhado em carne humana na forma de um Profeta. Deus tem visitado seu povo.Porque Um grande Profeta Tem-se Levantado entre Nós"Osborn trata a pessoa de Branham como se fosse o próprio Deus. Em outro lugar no mesmo folheto, diz:"Deus tem enviado o irmão Branham no século 20 e tem feito a mesma coisa. Deus em carne, novamente passando por nossos caminhos, e muitos não o conheceram. Eles tampouco o teriam conhecido se tivessem vivido no tempo em que Deus cruzou seus caminhos no corpo chamado Jesus, oCristo." A teologia da prosperidade une o fútil ao desagradável, ou seja, é uma mistura de ganância e comodismo. Os adeptos da teologia da prosperidade acham que nós temosdireito de reivindicarmos o que quisermos de Deus, esquecendo da soberania divina. Cito abaixo alguns textos bíblicos, que refutam esse evangelho falso, que promete ao homem uma vida de prosperidade material, atiçando-lhe a ganância. Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e aferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai paravós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e ondeladrões não escavam, nem roubam;(Mat.6.19,20) é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas depalavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitasdores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue ajustiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, amansidão.(1Tim.6.4-11) Alguns dias atrás, recebi um e-mail, que continha um material dapesquisadora de religiões Mary Schultz mostrando como terminaramalguns dos grandes pregadores da prosperidade e da saúde perfeita.observem:
1. E. W. Kennyon faleceu vitima de um tumor maligno.
2. John Wimber e seu filho Chris morreram de câncer.
3. A . A. Allen morreu de alcoolismo. 4. John Lake morreu de um colapso.
5. Gordon Lindsey morreu do coração. 6. O cunhado de Kenneth Haigin morreu de câncer.
7. O mesmo aconteceu à sua irmã.
8. Sua esposa foi operada e o próprio Haigin usou óculos até morrer.
9. Kathryn Khulmann morreu do coração. 10. Daisy Osborne morreu de câncer, jurando que havia sido curada.
11. Jamie Buckingham morreu de câncer.
12. Fred Price conseguiu uma quimioterapia para a sua esposa.
13. John Osteen procurou ajuda médica para curar o câncer da esposa.
14. A esposa de Charles Capps fez tratamento médico de câncer e tambémJoyce Meyer.
15. Mack Timberlake está se tratando de um câncer na garganta.
16. R. W. Shambach fez quatro pontes safenas.
17. O Profeta Keith Greyton morreu de AIDS.
Isso é uma prova convincente não são bem assim como pregamentusiasticamente esses "profetas" do materialismo. Por ai percebe-se que não vivem o que pregam! Restauração da igreja primitiva com apóstolos e profetas. Há mais de duzentos anos o mormonismo vem pregando uma "restauração"da igreja primitiva composta por Profetas, Apóstolos etc. Nesses últimos tempos uma doutrina parecida tem sido divulgada no Brasil por igrejas evangélicas em especial as adeptas do G12. Vale lembrar, que há séculos a Igreja Romana prega a doutrina da sucessão apostólica,tendo o Papa como sucessor de Pedro. O texto base de tais igrejas,normalmente é Ef.4.11, tirado de seu contexto. Jesus escolheu doze apóstolos, dos quais Judas Iscariotes se suicidou, ficando 11. Depois Matias foi acolhido apóstolo para ser junto com os onze testemunha da ressurreição do Senhor (At.1.21-26), posteriormente Paulo, foi chamado pelo próprio Senhor para ser apóstolo e mesmo assim se considerava um abortivo, como nascido fora de tempo por ter sido o ultimo a ver oSenhor (1 Cor.15.7-9). Se a instituição de apóstolos na igreja fosse algo necessário até a vinda do Senhor, Paulo não teria razão parafazer tal afirmação. Depois que morreu o ultimo apóstolo, nunca mais ninguém na igreja primitiva foi reconhecido ou ordenado Apóstolo. O dom de profecia é para a exortação edificação e consolação, não para dirigir a vida de ninguém ou para transmitir ordenanças a igreja, e muito menos para dar "autoridade" sobre quem quer que seja(cf.1Cor.14.3). Confissão de Pecados aos Lideres Tiago 5:16 "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e oraiuns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, asúplica do justo." Esse texto tem sido usado para tentar provar que, temos que confessar nossos pecados para sermos de alguma forma, libertos. Certavez ouvi um dos integrantes de uma banda gospel, vinculada a uma comunidade que pratica o G12, dizer que quem não confessar seus pecados aos seus pastores ou lideres, para que eles liberassem a"benção do perdão" , sofreriam ações diabólicas. Isso parece adoutrina católico romana da confissão auricular. O Texto Bíblico acima refere-se ao ensino de Jesus, sobre perdoar o irmão que pecar contra nós. Tiago está exortando a igreja à reconciliação e ao perdão mutuo.Veja, que antes dele falar em cura, ele fala em oração..."orai unspelos outros para serem curados" é a ação divina em resposta a oração que cura e restaura, física e espiritualmente e não a confissão auricular. Somente a Deus devemos confessar nossos pecados. Praticas JudaizantesValnice Milhomens, em entrevista à revista Vinde declarou: "Meu contato com Israel me mostrou várias coisas, como os dias proféticos, as alianças: seis' dias trabalharás e ao sétimodescansarás. Êxodo 31 declara que o sábado é o sinal de uma aliançaperpétua e da volta de Cristo." A Sra.Milhomens, contradiz frontalmente o ensino neotestamentario do fim da Lei mosaica em Cristo Jesus ( Rom.14.5, Col 2.16, Ef.2.15,Gal.3.23-25). Da mesma forma a circuncisão era uma aliança perpetua enem por isso ela a instituiu em sua igreja ( Gen.17 10-14). Esta Sra,já chegou declarar que Jesus vai vir em um Sábado de 2007, sendo que opróprio Senhor Jesus, declarou que o dia e a hora de sua vinda ninguém sabe. (Mat 24:36,43,50. 25:13) MIR As festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor. Elas não são apenas judaicas; são, antes de mais nada, do Senhor, declaradas como estatuto eterno (Lv. 23:1-44). www.mir.org.br O Encontro de Levitas é um Encontro voltado para o resgate doMinistério Levítico dentro da Visão Celular no Governo dos 12. Esseencontro traz princípios e conceitos sobre os levitas, todo o histórico desde o seus surgimento até os nossos dias. www.mir.org.br Com respeito a celebrar a festa dos tabernáculos veremos como era observada: " Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias. Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas aoSENHOR; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis. São estas as festas fixas do SENHOR, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu diapróprio," (Lev.23.34-37) Resta saber se eles realmente observam a Festa dos Tabernáculoscomo está prescrito na Lei. Se eles não observam dessa forma, não estão observando o preceito. Se observam, estão anulando o sacrifíciode Cristo, oferecendo holocaustos e sacrifícios. Isso mostra o grau de apostasia em que o MIR está envolvido. O Apostolo Paulo deixa bemclaro que não precisamos observar os dias santos e cerimônias judaicas( Col.2.16, Gal. 4.9-11). Levitas? Que absurdo! Não existe mais ministério levitico nos dias atuais. O ministério levitico como o próprio nome já diz se refere aos integrantes da tribo de Levi. Portanto é heresia grosseira querer instituir esse ministério na igreja. O Novo Testamento ensina que o ministério levítico cumpriu sua função e foi substituído pelo ministério de Cristo. (Heb 7:5-28) Atos Proféticos Mais um modismo! Esses atos proféticos estão baseados na crença deque o cristão faz ou diz, tem repercussão no mundo espiritual. Alguns chegam a blasfemar ensinado que assim como Deus, pela sua palavra falada, trouxe todas a coisas a existência, da mesma maneira, nós como sua imagem, podemos trazer coisas a existência pelo poder da palavra falada. Esse ensino é uma blasfêmia idolátrica, que procura assemelhar o homem a Deus. Esses atos proféticos normalmente tem como objetivo,"conquistar" cidades ou nações para o Reino de Deus. A palavra de Deus nos ensina a ganhar almas para o Reino de Deus através da pregação doevangelho de Jesus Cristo, e não através de "declarações de posse" oude "orações reivindicatórias." Líderes de diversas comunidadesligadas ao G12 e ao apostolado contemporâneo, estão planejando uma série de "atos proféticos" para a redenção do Brasil até 2007, o ano anunciado por Valnice Milhomens para o retorno de Cristo. O primeiro desses atos foi feito na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte e o ultimo está marcado para ser em Porto Alegre. Sinomar Ferreira falando sobre esses atos proféticos declarou: "Os atos proféticos são extremamente importantes, por que aquilo que é feito aqui na terra tem repercussão no céu" Isso mostra o caráter herético de tais atos, pois insinua que podemos manipular o mundo espiritual. Crença parecida comas dos Bruxos da Nova Era que acreditam poder manipular as forças danatureza através de palavras mágicas e encantamentos. [Vide o livro "ASedução do Cristianismo" de Dave Hunt] Que Pastores, lideres e membros de Igrejas, estejam vigilantes,para que ventos de doutrinas não invadam suas comunidades eclesiais,causando divisão e confusão em seu meio. Fica aqui um alerta: Antes de convidar alguém para pregar em suas igrejas, acampamentos, retiros etc. Procure se informar bem, sobre a linha doutrinária seguida por essa pessoa, para evitar futuros problemas. QUE DEUS TENHA MISERICÓRDIA DA IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA!

Sem. Francisco Belvedere Neto

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Um Espírita, Um Evangélico e O Caminho da Graça

Estava conversando com um amigo evangélico quando um outro amigo espírita chegou, e começamos a conversar sobre trabalho, o meu amigo espírita fez uma proposta de trabalho, mas disse a ele que não estava interessado, pois estava desenvolvendo um projeto e não poderia parar.
Depois de um bom tempo ouvindo os dois, o evangélico que tentava mostrar como o trabalho que o espírita estava me propondo era ruim, pois ele mesmo já trabalhou assim e não gostou, surgiu um assunto de prosperidade ai o evangélico ficou profundamente aborrecido quando eu disse para o espírita da maneira como via Jesus e o assunto da prosperidade. Eu disse dos abusos que eu via na igreja quanto ao dinheiro e que Jesus pregou foi à fé na graça e não em carro importado, dinheiro e prosperidade e o apego a edifícios muitas das vezes luxuosos que eles chamam de igreja.
O evangélico ficou com raiva de mim e disse que eu estava confundido a cabeça do espírita, ficou mais furioso ainda quando o espírita concordou comigo e disse que estava disposto a conhecer melhor o que eu pensava e gostaria de ir da uma olhada no grupo que eu falo estas coisas sobre o Reino de Deus.
O clima piorou quando eu disse que essa gente que prega isso precisava reler os evangelhos e que eu renunciaria a tudo que disse se ele me provasse a luz do Cristo revelado na Bíblia que o que eu dizia não tinha razão. Eu disse que essa fé positivista não ajudava na produção de um caráter restaurado.
O evangélico ficou com muita raiva e disse que o espírita que era mais amigo dele do que de mim só estava me dando ouvido para contrariá-lo, e que queria ver se eu ia expulsar os demônios que estavam no corpo do espírita, falando isso constrangia o rapaz. Eu disse que o evangelho tem em si o poder de atrair e transformar o homem, e se fosse preciso eu expulsaria o demônio.
Mas sabe de uma coisa, eu acho que o mais possesso ali não era o espírita, mas o evangélico, possesso de si, do lixo da religiosidade, da falta de amor, da prosperidade fantasiosa, do engano, da falta de conhecimento da verdade e de tudo que acompanha a muitos evangélicos.
E o pior é que a impressão que eu tive é que ele estava com raiva de ver o amigo atraído pela verdade do Evangelho que liberta o homem, o Caminho da Graça! Deus me salve de ser evangélico assim, mas que eu possa andar no Evangelho sem precisar ser evangélico.

Pr Regis Oliveira

O Convite A Graça

Você já percebeu que as coisas que parecem boas são caras de mais e a minoria das pessoas têm acesso a elas? Uma casa confortável, um bom carro, plano de saúde, bons restaurantes, viagens e tudo que traga conforto e alegria.
Mas tudo isso é muitas vezes muito caro, as pessoas ficam decepcionadas quando percebem que não podem ter aquele salário para ter todas essas coisas.
Não estou dizendo que ter essas coisas seja errado! Nem deseja-las o que digo é que o dinheiro não pode pagar o que é de graça, por mais que você tenha dinheiro não pode pagar um presente que recebeu de um coração amoroso. Mesmo que você tente retribuir, um presente será sempre um presente.
Você pode ter dinheiro para comprar mil vezes o que ganhou, mas não vai pagar a intenção da dádiva, do carinho e generosidade que tal pessoa dispensou.
A dádiva é um valor que está ligado com o interior e não com o exterior. Por isso o mais rico não pode comprar o amor e a dádiva.
Dessa forma um convite é uma dádiva, uma permissão para a entrada, e mostra que o convidado é privilegiado.
A graça é um assunto muito polêmico, mas que não está no campo do que se pode pagar, ou adquirir com dinheiro, a graça está no campo da gratuidade e dom.
Este convite que a graça faz é para todos, e pelo Espírito de Deus a um despertar para atender o convite.
Você é convidado a vir, e aceitar a graça, e compreender que a graça é o presente de Deus aos indivíduos deste mundo, este convite se dá através de Jesus Cristo. Você pode até se perguntar como será se eu atender o convite? Eu posso afirmar: Vem e vê!

Pr Regis Oliveira

domingo, 20 de janeiro de 2008

Eu ainda tenho um sonho de uma igreja:

Eu ainda tenho um sonho de uma igreja:

Uma igreja que eu não precisasse fazer nada para agradar ninguém, e mesmo tentando fazer de tudo para agradar a Deus, sei que deixo a desejar.
Uma igreja onde os irmãos não ficassem brigando por cargos e posições, mas se colocassem a disposição de forma apaixonante e sem obrigação,
Uma igreja que não abrisse mão da mensagem verdadeira do Evangelho, mas ajudasse a todos nas questões comuns da vida.
Uma igreja onde não houvesse diferenças entre pastores e membros, mas apenas respeito por alguém que cuida e ama dos irmãos.
Uma igreja onde a fé não fosse produto de comércio, mas crença absolutamente gratuita Jesus.

Eu ainda tenho um sonho de uma igreja:
Uma igreja onde o dinheiro fosse tratado com cuidado, e que cada um contribuísse de coração e não por medo ou barganhas.
Uma igreja onde os encontros não sejam apresentações artísticas, mas lugar onde se compartilha a mesma fé.
Uma igreja que não tolere que os crentes não pensem por si mesmos, mas esteja disposta a viver o Evangelho com pureza e simplicidade.
Uma igreja que não seja movida por milagres, tendências e fanatismo religioso, mas creia que Deus faz se quiser, pois é misericordioso.
Uma igreja que não apela para poderes fantasiosos para atrair a todos, mas crer que essa obra é o Espírito Santo que faz.
Uma igreja que faz missões diariamente, mas ínvia seus missionários e cuida deles.

Eu ainda tenho um sonho de uma igreja:
Uma igreja que não apela para propaganda enganosa, mas crê que o Evangelho te em si o poder de atração.
Uma igreja que não qualifica o lugar de encontro como a casa de Deus e crê que os convertidos são os lugares da habitação de Deus.
Uma igreja que não supervaloriza as coisas, e sim as pessoas.
Uma igreja que não se desvia da Bíblia porem a tem como base da fé, mas não desvaloriza a ciência e as coisas comuns que lhe cercam.
Uma igreja que se preocupa com o necessitado sem deixar de acolher o rico.
Uma igreja que esta ligada em amor muito acima de estatutos, costumes, manias, tradições e visões pessoas.
Uma igreja que receba a todos com seus pecados e mazelas e esteja disposta a orientar-las no Caminho de purificação.

Eu ainda tenho um sonho de uma igreja:
Uma igreja que não se envolve com poderes temporários como a política, mas coopere para o bem comum de todos.
Uma igreja que vê na prosperidade um grande perigo, mas compreende que cada um deve trabalhar o quanto quiser, porem se enriquecer, não pode atribuir isso como uma regra para a vida cristã de todos os crentes.
Uma igreja que não se cala em frente ao abuso de pastores, líderes e pessoas que usam a fé como um negócio e uma empresa, igreja que repreende em amor aqueles que deturpam os ensinamentos de todo o Evangelho e Bíblia.
Uma igreja que tenha Viva a Esperança de ver em breve Jesus voltar e completar a boa abra que começou.
Uma igreja que crê que Jesus lhe é suficiente.

Eu ainda tenho esse sonho...

Pr Regis Oliveira.